Duarte Pacheco disse que agora é “que vai iniciar-se a parte mais difícil que é pôr o Orçamento do Estado em prática”. “Desejamos que tudo corra bem, mas temos dúvidas que não estejamos a voltar ao caminho que nos levou à bancarrota”, disse o deputado.
O PSD não apresentou alterações ao documento e foi criticado por isso. Duarte Pacheco repetiu a razão por não terem ido a jogo. “Não somos responsáveis pelo vosso OE. Não vão ter desculpas”, disse. “Boa viagem é o que vos desejamos. Que as coisas corram como desejam”, concluiu, irónico.
Logo depois foi a ver do Governo atacar a direita. O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, disse que houve "pão e circo" na discussão do OE. O Governo e a maioria que o suporta contribuíram com "pão", pelas propostas que melhoraram a vida das pessoas, enquanto "do lado da direita veio o circo".
Rocha Andrade criticou o CDS por trazer a debate o imposto sucessório "que não faz parte do Orçamento"e também se queixou de ser mal citado pelos deputados da oposição numa entrevista que deu ao Jornal de Negócios.
"Não custava ler as três ou quatro páginas da entrevista para não pôr na minha boca palavras que eu não disse. Imputam-me a palavra 'taxar' que eu não gosto, que eu não uso".
Estas intervenções precederam a primeira votação do dia, respeitante às normas do OE avocadas pelos grupos parlamentares.