"Ainda bem que se converteram às virtualidades da redução do défice. Sejam bem-vindos. Antes tarde que nunca. Só que não havia necessidade de o fazerem matando de vez o investimento público e liquidando a economia à custa de mais impostos, de uma estratégia de reversões e recuos e sobretudo à custa de menos credibilidade e menor confiança em Portugal ", lançou o deputado Luis Campos Ferreira, que não poupou críticas aos resultados da governação de António Costa.
"O crescimento económico era só de 1,5% do PIB em 2015? O que diziam então vossas excelências? Que era curto e sem significado. E qual é o crescimento hoje? Na ordem dos 0,9%, ou seja, metade do que previram ", acusou Campos Ferreira, defendendo que "falhou a estratégia de esperar que fosse o consumo das famílias a puxar pelo crescimento económico".
Luís Campos Ferreira apontou o dedo à política de reversões seguida pelo Governo apoiado pelas esquerdas, que considera estar a afastar os investidores.
"Quem não cumpre a palavra não merece confiança. Por isso, os empresários não investem", afirmou o deputado do PSD, que quis deixar claro que as suas críticas vão também direitas para o BE e o PCP, que os sociais-democratas querem responsabilizar pela governação.
"Um dia, para tentarem sobreviver, ainda acabam divorciados uns dos outros. A verdade, porém, é esta: com divórcio ou sem divórcio, vossas excelências serão julgados pelo vosso falhanço e pelo fracasso das vossas políticas", disse dirigindo-se aos partidos da geringonça.
