João Galamba aponta sobretudo para a forte aceleração do PIB nos últimos três trimestres de 2016, que culminaram num crescimento de 1,9%.
“Esta taxa de crescimento superou todas as expectativas e foi a mais alta dos últimos três anos”, apontou o porta-voz socialista na reação aos números do INE, que considera atestarem
uma total inversão da tendências crescimentos em cadeia registados em 2015, ano em que se assistiu a uma desaceleração da economia.
João Galamba vê nestes números um “crescimento robusto e sustentável assente numa recuperação do crescimento, sem deterioração da taxa de poupança”, o que em seu entender comprova a “importância da estratégia de devolução de rendimentos para uma taxa de crescimento robusto”.
Galamba sugere a Passos que volte ler relatórios de 2014 e 2015
De resto e respondendo às críticas de Pedro Passos Coelho, que aponta o dedo ao peso do consumo privado neste crescimento, Galamba sugere ao líder da oposição que olhe novamente para os relatórios feitos pelo INE no período em que foi primeiro-ministro.
Galamba acha mesmo que o facto de Passos fazer essa análise mostra que “nunca olhou para um boletim do INE”, uma vez que essa crítica é “aplicável a ao crescimento” a que se assistiu quando o líder do PSD era primeiro-ministro em 2014 e em 2015, anos em que “o crescimento foi feito todo à custa do consumo privado com deterioração da taxa de poupança”.
Agora, o deputado socialista diz que há uma “recuperação de investimento empresarial que atingiu o seu valor mais alto dos últimos quatro anos” e que a quebra do investimento público se deve sobretudo à “passagem do QREN para o Portugal 2020”, começando a tendência a inverter-se.
Tudo somado, João Galamba acredita que “superar a meta do Orçamento do Estado para 2017 fica mais provável” e que há “ótimas perspetivas para 2017” que abrem mesmo o caminho para que este ano se registe “o melhor crescimento desde 2007”.
O otimismo vem dos fortes crescimentos em cadeia dos últimos três trimestres de 2016 que mostram um crescimento do PIB dos 0,9 para os 1,6 e depois para os 1,9% do PIB.
“A estratégia económica do Governo está no bom caminho”, aponta o socialista, que acredita que estes sinais de uma “recuperação económica, robusta e sustentada” abrem caminho a
“crescimentos acima da media da zona euro”, fundamentais para que o país possa convergir com os níveis dos restantes países da moeda única.