O líder parlamentar socialista considerou que "este resultado evidencia um mérito muito elevado na gestão das nossas finanças públicas e contribui de forma muito significativa para a nossa credibilidade no plano externo. Pode dizer-se que é uma bofetada sem mão a alguns analistas e decisores políticos externos, como, por exemplo, ainda recentemente, o presidente do Eurogrupo".
Aos jornalistas, Carlos César disse ainda que o resultado do défice representa também uma "vitória em relação aos maus agoiros da oposição interna, que desconsiderou a gestão orçamental do atual Governo".
O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou que o défice orçamental ficou nos 2,1% do PIB no ano passado um valor que abre caminho ao fim do Procedimento por Défices Excessivos (PDE).
De acordo com dados do INE, o saldo das Administrações Públicas ficou em -2,06% do PIB no ano passado. O valor ainda está por fechar – terá de ser ainda apreciado pelo Eurostat — mas a confirmar-se fica abaixo da meta de 2,5% que tinha sido imposta por Bruxelas a Portugal, em julho de 2016, e será o défice mais baixo desde 1974.
O facto cumprir a exigência de 2,5% da Comissão Europeia deixa Portugal com a porta entreaberta para sair do Procedimento dos Défices Excessivos (PDE), uma decisão que será tomada em maio.