“Parecia-me justíssimo e parece-me justíssimo, num caso como noutro caso. São pais da democracia portuguesa. Isso parece incontestável. Parece-me que o parlamento tem de definir regras que não tenha de mudar todos os anos", afirmou o Presidente da República, garantindo que aceita "o que for votado pela Assembleia da República".
Marcelo falava aos jornalistas à saída de uma sessão solene na Reitoria da Universidade de Lisboa, depois de ser questionado sobre a proposta da concelhia de Lisboa do PSD sobre o assunto de que os restos mortais de Sá Carneiro e Mário sejam trasladados para o Panteão Nacional, em Lisboa.
Para o chefe de Estado, tanto Sá Carneiro como Mário Soares merecem ser honrados e, para o Presidente, este parece ser um assunto “incontestável".
Para Marcelo Rebelo de Sousa, o parlamento tem apenas duas opções: "Se sente que há homenagens que devem ser feitas, naturalmente que o quadro legislativo deve ser suficientemente flexível para permitir essas homenagens. Se sente, pelo contrário, que, uma vez feita a homenagem num determinado momento, há que deixar correr um período de tempo, e depois é discutível qual, legisla nesse sentido".
Recorde-se que, esta terça-feira, O PSD/Lisboa lançou o desafio ao grupo parlamentar social-democrata para que um dos fundadores do partido, Francisco Sá Carneiro, tivesse lugar de honra no Panteão Nacional. "Francisco Sá Carneiro dedicou a sua vida e perdeu-a, primeiro por Portugal e pelos portugueses e só depois pelo seu partido" escreveu o líder da concelhia Paulo Ribeiro.