O líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, manifestou esta terça-feira a preocupação com o aumento das taxas de juros ao ministro das Finanças, Mário Centeno. "Confirma-se a redução do défice e também a redução da taxa de desemprego, mas sempre com uma preocupação latente e uma preocupação que exige as maiores as maiores cautelas", declarou aos jornalistas Fernando Negrão, no final do encontro com o governo, no Parlamento.
Sobre a estimativa de défice de 0 a 0, 2 por cento, Negrão assumiu que os números satisfazem o PSD. "Naturalmente, que a redução do dérice satisfaz o PSD. É obvia Era uma exigência de Bruxelas". As estimativas do governo para a taxa de desemprego apontam para os 6 por cento e o PSD preferiu sublinhar que o executivo socialista investiu pouco na qualidade do emprego.
Fernando Negrão disse ainda aos jornalistas que Mário Centeno "reconheceu" que as taxas de juro vão subir e que serão necessárias algumas cautelas, sem adiantar pormenores sobre as medidas a tomar. O PSD levantou ainda questões sobre a necessidade de se apostar na poupança, mas não adiantou que propostas apresentará no Orçamento.
Questionado pelos jornalistas sobre o sentido de voto do PSD, Fernando Negrão resguardou-se com a posição do líder do partido, Rui Rio: "Naturalmente não há nenhuma decisão", começou por dizer o líder parlamentar social-democrata. Rui Rio tem dito que só anuncia o sendido de voto depois de analisado o documento, e Fernando Negrão replicou a resposta. Os sociais-democratas consideraram também a "reunião interessante", mas sem propostas concretas para os problemas do País.
O cenário macroeconómico apresentado pelo governo aos partidos apontam um crescimento de 2, 2 por cento em 2019 e uma dívida pública de 117 por cento do PIB.