Se fossem chamados hoje para ir às urnas, os portugueses votariam mais no PS e os socialistas ganhavam as eleições com 37,3% das intenções de voto. Com este resultado, António Costa ficaria longe de conseguir a maioria absoluta.
E o partido mais votado em 2015, o PSD, conseguiria 25,2% de votos, mesmo assim registando uma tímida subida em relação ao Barómetro de janeiro – nessa altura, a intenção de voto no PSD era de 24,8%.
Com este resultado, Rui Rio ficaria a 12,1 pontos percentuais face ao resultado conseguido pelo PS e registaria uma derrota histórica. Pior só mesmo nas legislativas de 1976, pós-PREC, quando o então presidente e fundador Francisco Sá Carneiro não ultrapassou os 24,3% de votos.
Estes são alguns dos resultados do estudo da Eurosondagem realizado para o SOL, tendo como base 1.020 entrevistas validadas, que decorreram entre 10 e 14 de março, com uma margem de erro de 3,07% (ver ficha técnica).
Neste Barómetro, o CDS_surge como terceiro partido mais votado, com 8,5% das intenções de voto, enquanto o Aliança de Pedro Santana Lopes soma 3,3% nas intenções de voto dos portugueses, batendo claramente o PAN.
Ou seja, todos juntos, os três partidos do centro-direita totalizam 37% das intenções de voto – menos 0,3% do que o PS.
Marcelo mantém liderança destacada na popularidade
Já os partidos da ‘geringonça’, todos somados, ultrapassam os 52% das intenções de voto, ficando-se o PAN de André Silva com 2,4%.
PCP mantém-se nos 7,1% das intenções de voto.
E o BE de Catarina Martins nos 8,5%, com mais 1,4 ponto percentual do que conseguiria em janeiro. Tanto o BE como o PAN subiriam 0,5 pontos percentuais.
Quanto aos níveis de popularidade, o Presidente da República continua a ser, de longe, o político com imagem mais positiva entre os portugueses. De acordo com a Eurosondagem, a popularidade de Marcelo Rebelo de Sousa tem um saldo positivo de 60%. De seguida, surge António Costa com 25% – numa altura de forte contestação social a popularidade do primeiro-ministro caiu 8,4 pontos percentuais.
Sobre o braço de ferro entre os professores e o Governo por causa do tempo de serviço congelado, 71,9% dos inquiridos pela Eurosondagem dizem que o assunto deve terminar com a pronulgação do decreto-lei que reconhece aos docentes dois anos, nove meses e 18 dias. No reverso, 17,1% dos inquiridos defende que a luta dos docentes não deve terminar e 11% diz ter dúvidas.
Acha que a atuação da Assembleia da República tem sido:
Positiva: 41%
Negativa: 26%
Não sabe / Não responde: 33%
Acha que a atuação do Governo tem sido:
Positiva: 40%
Negativa: 29%
Não sabe / Não responde: 30%
Como vê a atuação do Presidente da República?
+60%
Como votaria se as eleições legislativas fossem hoje?
PS – 37,3%
PSD – 25,2%
CDS – 8,5%
Bloco de Esquerda – 8,1%
PCP – 7,1%
Aliança – 3,3%
PAN – 2,4%
Outros partidos/brancos e nulos – 8,1%
Como vê a atuação dos líderes políticos?
António Costa – +25%
Rui Rio – +16,9%
Jerónimo de Sousa – +13,8%
Catarina Martins – +11,8%
Assunção Cristas – +11,4%
FICHA TÉCNICA: Estudo de Opinião efetuado pela Eurosondagem S.A. para o SOL, Porto Canal, Diário de Notícias da Madeira e Diário Insular dos Açores, com o patrocínio da Associação Mutualista Montepio, de 10 a 14 de Março de 2019. Entrevistas telefónicas, realizadas por entrevistadores selecionados e supervisionados.O Universo é a população com 18 anos ou mais, residente em Portugal Continental e Regiões Autónomas, para telemóveis e telefones da rede fixa. A amostra foi estratificada por Região, tendo resultado, Norte – 18,4%; A.M. do Porto – 13,0%; Centro – 26,4%; A.M. de Lisboa – 24,5%; Sul – 9,0%; R.A. Açores – 3,9%; R.A. Madeira – 4,7%, num total de 1.020 entrevistas validadas. Foram efetuadas 1.171 tentativas de entrevistas e, destas, 151 (12,9%) não aceitaram colaborar no Estudo de Opinião. A escolha do lar foi aleatória e o entrevistado, em cada agregado familiar, foi o elemento que fez anos há menos tempo, e desta forma aleatória resultou, em termos de sexo Feminino – 51,5% e Masculino – 48,5% e, no que concerne à faixa etária, dos 18 aos 30 anos – 16,8%; dos 31 aos 59 – 50,6%; com 60 anos ou mais – 32,6%. O erro máximo da Amostra é de 3,07%, para um grau de probabilidade de 95,0%. Um exemplar deste Estudo de Opinião está depositado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social. Lisboa, 15 de Março de 2019 O Responsável Técnico da Eurosondagem Rui Oliveira Costa