André Ventura propõe redução nos salários dos políticos em 12,5%

André Ventura afirmou que “não é justo que os políticos não sejam solidários” para com os portugueses mais pobres e espera “ser o primeiro a dar o exemplo”.

André Ventura entregou, pelo menos, 62 propostas de alteração ao Orçamento do Estado. O último dos diplomas entregues pelo Chega até às 10h desta manhã, propunha uma redução de 12,5% nos salários dos políticos depois de, após a apresentação do OE, o líder do partido ter dito que ia propor uma redução entre 5 a 7,5% para os deputados.

No documento, o líder do Chega explica, segundo o jornal Público, que a aprovação desta medida seria “um gesto de solidariedade muito concreto da classe política para com os mais pobres”. Utilizando argumentos como Portugal ser um país “onde se morre numa lista do SNS à espera de um acto médico, onde os polícias para defender as suas vidas precisam de tirar do seu orçamento familiar para comprar coletes à prova de bala, onde cada vez mais pessoas vivem na rua, onde idosos deixam de comer para poderem comprar medicamentos”, André Ventura conclui que “não é justo que os políticos não sejam solidários para com estes portugueses”.

Apesar de na altura em que a proposta foi falada pela primeira vez André Ventura ter utilizado a expressão “de forma faseada”, no documento entregue esta manhã o Chega opta pela ideia de que seja feito “a título excecional”.

“Sendo eu deputado, espero poder ser o primeiro a dar o exemplo dessa redução de vencimento. Sei que alguns dirão que isto é populismo, outros que é demagogia. Eu não aceito que deputados, o Presidente da República ou um ministro tenham os vencimentos que têm quando médicos, chefias na administração interna e outros lutam para ter um salário mínimo”, explica.

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