Mário Nogueira tenta invadir Conselho de Ministros

António Costa saiu do edifício pelas traseiras para evitar manifestantes.

O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, tentou forçar a entrada no Cineteatro de Bragança, onde decorria o briefing do Conselho de Ministros descentralizado, depois de o primeiro-ministro ter saído do edifício pelas traseiras, para evitar cruzar-se com um grupo de manifestantes.

"Exigem respeito os professores, exigem respeito os professores", gritavam cerca de 20 elementos da Fenprof que se encontravam concentrados junto à entrada do Cineteatro de Bragança.

A porta do edifício esteve sempre aberta até que o líder sindical tentou entrar, momento em que foi fechada a cadeado, pelo interior, enquanto a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, e a secretária de Estado da Valorização do Interior, Isabel Ferreira, respondiam a questões dos jornalistas.

Sobre a situação insólita, Mário Nogueira, citado pela agência Lusa, disse: "Aquilo que assistimos hoje aqui mostra bem o Governo que temos. É alguém que não querendo enfrentar os professores – que nada tinham de especial para fazer que não fosse entregar uns postais assinados por milhares de professores e simultaneamente dizer que queremos dialogar e negociar para resolver problemas -, António Costa, como os restantes membros do Governo saíram cobardemente pelas traseiras, como saem aqueles que não querem enfrentar os problemas".

Por outro lado, o líder da Frenprof disse não estar surpreendido com a atitude do Governo e garantiu que a estrutura sindical marcará presença em todos os conselhos de ministros descentralizados até que seja ouvida.

"Estes postais, estas caixas que nós aqui temos com muitos mais milhares, que irão ser assinados no dia 21 de março em Castelo Branco, no segundo Conselho de Ministro descentralizado lá estaremos para os entregar e lá estaremos para dizer a António Costa que, enquanto não receber os professores, nós estaremos em todos os conselhos de ministros que se realizarem fora de Lisboa", prometeu.

Sublinhe-se que o a Fenprof exige a abertura de negociações para resolver problemas como a progressão na carreira, o envelhecimento dos profissionais, a precariedade e as condições de trabalho nas escolas.