Santana arrasa candidato do PSD na Figueira da Foz

Pedro Santana Lopes quer voltar à Figueira da Foz vinte anos depois, mas desta vez como independente.

Santana Lopes deverá mesmo avançar com  uma candidatura independente à Câmara da Figueira da Foz. O ex-líder do PSD tem sondagens que lhe dão um bom resultado e nos últimos dias publicou fotografias, nas redes sociais, de uma visita à cidade.

Pedro Santana Lopes saiu do Aliança, o partido que fundou, e voltou a aproximar-se do PSD, mas, apesar das conversas com Rui Rio, não houve acordo para entrar na corrida autárquica pelas listas do partido. Chegou a ser testado em Sintra e em Coimbra, e falou-se mesmo na hipótese de concorrer à Figueira da Foz, mas as conversas não chegaram a bom porto.

E ‘romperam’ quando o PSD anunciou Pedro Machado, presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal, para a Figueira. Perante esta decisão, Santana entrou em reflexão, mas não descarta entrar na corrida como independente.

Santana já liderou a Câmara da Figueira da Foz entre 1997 e 2001. Decidiu, porém, trocar a Figueira por Lisboa, depois do desafio lançado pelo então líder do PSD, Durão Barroso,  e acabou por vencer as eleições contra João Soares.  «Faz este Domingo vinte anos que anunciei, no Centro Cultural de Belém (CCB), que ia deixar a Figueira da Foz e voltar a Lisboa. Já contei muita vez, durante todos estes anos, o que me custou e as lágrimas que chorei na altura da decisão de aceitar o que me foi pedido. Não é história para esta circunstância. Nunca o escondi e sempre o assumi. E tudo o que se passou depois, durante estes 20 anos, meu Deus. Hoje, passados estes 20 anos, digo que é tempo. É de novo Primavera», escreveu, recentemente, na sua página do facebook.

Depois disso, o ex-primeiro-ministro publicou várias fotografias com alguns reparos sobre a forma como a cidade está a ser gerida. «Hoje, na Praia da Cova, São Pedro, Figueira da Foz. Vejam os sacos de areia à esquerda. Muito, muito urgente, intervir nesta situação», escreveu nesta terça-feira.

Santana Lopes tem tido um percurso pouco comum na política portuguesa, principalmente por não largar o combate político depois de ter ocupados cargos de destaque, como primeiro-ministro ou presidente da Câmara de Lisboa.

Nos últimos anos, Santana deixou a Santa Casa da Misericórdia para se candidatar à liderança do PSD contra Rui Rio. Não ganhou e acabou por sair do partido para fundar o Aliança. Perante os fracos resultados do novo partido, decidiu sair e chegou a admitir voltar ao PSD.