Depois de o líder do PSD acusar o Governo de andar “a dormir” nos últimos sete anos sobre o assunto da expansão aeroportuária no país, o ministro das Infraestruturas e da Habitação respondeu, esta quarta-feira, às críticas de Luís Montenegro com diversas considerações.
"A última coisa que o PSD pode fazer em matéria de expansão da capacidade aeroportuária da cidade de Lisboa é pôr-se de fora da fotografia", atirou Pedro Nuno Santos em declarações aos jornalistas, assinalando ainda que o Governo, nestes últimos sete anos “foi até onde pode".
Esta terça-feira, Luís Montenegro disse que o Executivo de António Costa andava “a dormir” nos últimos sete anos de governação. "Não me peçam a mim que faça em 50 dias aquilo que não se fez em 50 anos, nem o Governo peça que faça em sete dias o que não fez em sete anos, que foi tomar uma decisão", rematou o recém-presidente dos sociais-democratas.
Pedro Nuno Santos entendeu que a crítica de Montenegro mereceu sua resposta com direito a uma reflexão: "Já agora uma observação: o aumento da capacidade aeroportuária da região de Lisboa não está atrasado há sete anos, está atrasado há 50 anos. O Governo continuou a solução que herdou de um governo PSD/CDS e travou-a com uma mudança de liderança no PSD".
Desta forma, o governante pediu “honestidade” e “seriedade política” num momento em que se deverá “assumir responsabilidades pessoais e partidárias”.
Para Pedro Nuno Santos, a opção de Luís Montenegro comentar a discussão sobre a solução aeroportuária foi precipitada, uma vez que"ela deveria ser feita no quadro da negociação que estava prevista e que aparentemente foi iniciada".
"Ainda antes de concluir as dezenas de audições a entidades, o líder do PSD escolheu começar a tecer considerações…", afirmou o ministro.
Em relação às melhorias que Montenegro exige ser feitas no aeroporto Humberto Delgado, Pedro Nuno Santos lançou várias questões, como quais são as obras de que o líder do PSD está a falar, perceber se estas dúvidas devem ser dirigidas ao Governo ou à concessionária do aeroporto da região de Lisboa, e se a “discussão sobre a futura solução para a região de Lisboa passa por discuti-la em postas ou discutir, sim, uma expansão da capacidade aeroportuária da região de Lisboa".