O ex-acionista da TAP lançou o “repto” ao Governo para que o deixe de usar e à transportadora como “arma de arremesso político” e se concentre em recuperar o investimento dos contribuintes na empresa. Esta é a resposta de David Neeleman ao ministro das Infraestruturas que esteve no Parlamento a ser ouvido sobre o eventual futuro processo de privatização da TAP, audição na qual foram trocadas várias acusações, sobretudo com o PSD, e abordada a anterior gestão privada da companhia.
O consórcio Atlântico Gateway — composto pelos acionistas Neeleman e o empresário português Humberto Pedrosa — venceu a privatização da TAP, levada a cabo pelo Governo do PSD/CDS-PP, operação que foi parcialmente revertida em 2015 com o Governo PS.
“Todo o processo de privatização e a posterior reconfiguração acionista foram amplamente escrutinadas por dois governos de Portugal, Parpública, Tribunal de Contas, Autoridade da Concorrência, Autoridade Nacional de Aviação Civil, entre outras entidades”, sublinha o empresário da aviação. E acrescentou: “O nosso Plano Estratégico era muito claro, transparente e foi apresentado, explicado e aprovado por todos os intervenientes no processo de privatização -– Estado incluído –, tanto na fase de negociações e preparação da privatização, como aquando da reorganização acionista levada a cabo pelo novo Governo de então. Todos os objetivos do Plano Estratégico foram cumpridos até ao momento em que uma pandemia global imobilizou o setor da aviação mundial”, afirmou.