André Ventura defendeu esta quinta-feira a dissolução da Assembleia da República e a convocação de eleições antecipadas.
O líder do Chega acredita que o Governo não tem condições para para continuar funções e diz que vai pedir um debate de urgência com o primeiro-ministro.
"Entendemos que a dissolução da Assembleia da República é o caminho que deve ser tomado nesta altura e convocadas eleições antecipadas", disse o deputado em conferência de imprensa, acrescentando que "este é um Governo sem condições para continuar em funções".
Ventura encontrava-se a falar aos jornalistas na sede nacional do partido, em Lisboa, na sequência da demissão de Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas e da Habitação.
"Está em causa o regular funcionamento das instituições", disse ainda, realçando que o Presidente da República deve "ponderar muito bem" a realização de novas eleições legislativas.
O mesmo afirmou que o partido iria votar a favor da moção de censura ao Governo que a Iniciativa Liberal anunciou que iria apresentar na Assembleia da República, mas considerou que, neste cenário, "é o Presidente da República que tem de tomar uma decisão" e que este "não pode escudar-se no parlamento", salientou.
André Ventura considera também que, "se António Costa tiver um pouco de dignidade política", deverá demitir-se.
Contudo, o líder do Chega diz que não são os resultados eleitorais que interessam ao seu partido, uma vez que "o Chega é terceira força política e segundo as sondagens manter-se-ia terceira força política", mas a perspetiva de o país poder "mudar de governo".
"A direita não está no seu momento mais organizado, mas tudo é melhor do que o Governo levar-nos para o abismo", defendeu.