Líder do PCP considera privatização da TAP “um crime económico”

“Nós somos completamente contra essa ideia [da privatização da TAP]. É um erro que, a concretizar-se, será um crime económico. E nós faremos tudo para contrariar essa ideia”, disse Paulo Raimundo.

O secretário-geral do PCP classificou, esta terça-feira, a privatização da TAP, que o ministro das Finanças quer levar em breve ao Conselho de Ministros, como "um crime económico".

"Nós somos completamente contra essa ideia [da privatização da TAP]. É um erro que, a concretizar-se, será um crime económico. E nós faremos tudo para contrariar essa ideia", disse Paulo Raimundo.

"A TAP precisa de ser uma empresa pública que responda às necessidades do país, mas uma empresa pública com critérios de gestão pública. E não uma empresa pública com critérios de gestão privada”, defendeu o líder comunista, acrescentando: “Foram esses critérios de gestão privada que permitiram esta comoção nacional – desculpem lá o termo – sobre os 500.000 euros de indemnização, sobre os não sei quantos milhões de euros de bónus, sobre as indemnizações anteriores, que ainda não são conhecidas".

Paulo Raimundo lembrou também que o anúncio da privatização da TAP já tem duas décadas. "Há 20 anos que andamos nisto. Há 20 anos que uma empresa pública como a TAP – que é só a maior exportadora nacional e uma das mais importantes empresas estratégicas do país – tem tido critérios de gestão privada, exatamente para esse objetivo que se pretende [privatização]", salientou.