O presidente do Conselho de Administração da TAP, Manuel Beja, e a presidente executiva, Christine Ourmières-Widener, continuam em funções e não tem conhecimento da data para a destituição.
"Apesar da aludida intenção do acionista da TAP, o PCA [presidente do Conselho de Administração, 'chairman'] e a PCE [presidente da Comissão Executiva], na medida em que, tanto quanto a TAP tem conhecimento, não foi ainda adotada qualquer deliberação pelo acionista, continuam em funções, nos termos da lei, cumprindo as responsabilidades inerentes aos respetivos cargos", lê-se num esclarecimento enviado, esta quinta-feira, pela TAP à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
“Relativamente à referida intenção de destituição por justa causa do PCA e da PCE e sua substituição, não dispõe […] de informação sobre os concretos procedimentos que estarão a ser adotados nem sobre os concretos prazos previstos para a sua adoção pelo acionista", adianta a companhia.
A TAP, no mesmo comunicado, refere também a devolução, determinada pela Inspeção Geral de Finanças (IGF), de cerca de 450.000 euros dos 500.000 que Alexandra Reis recebeu como indemnização pela saída antecipada da companhia aérea, sublinhando que se encontra a “adotar diligências necessárias no sentido da devolução do montante indevidamente pago, sem prejuízo da eventualidade de virem a ser dadas pelo acionista, nos termos legais, instruções concretas sobre esta matéria, que serão integralmente cumpridas".
Recorde-se que o ministro das Finanças, Fernando Medina, e o ministro das Infraestruturas, João Galamba, apresentaram na segunda-feira o relatório da auditoria sobre a indemnização paga a Alexandra Reis, tendo a IGF concluído que o acordo celebrado era nulo.
Tendo em conta as conclusões da auditoria, o Governo decidiu pedir a restituição da grande maioria do dinheiro à ex-secretária de Estado Alexandra Reis e demitir, por justa causa, Manuel Beja e Christine Ourmières-Widener.