Israel. UE deve “relançar processo político”

Ministro dos Negócios Estrangeiros português reconhece “grande urgência” na análise ao pedido e remete para reunião do Conselho Europeu.

A União Europeia tem de se comprometer a relançar o processo político para resolver o conflito israelo-palestiniano. A garantia foi dada pelo alto-representante para os Negócios Estrangeiros Josep Borrell e lembrou que o Hamas não representa os palestinianos e que estão a morrer civis entre os ataques do grupo islamita – considerado terrorista pela União Europeia – e a retaliação as tropas israelitas. E referiu que é preciso dialogar com os todos os países do Médio Oriente para “ver até onde pode ir a ação política e acabar com este ciclo de violência”, acrescentando que “enquanto houver bombardeamentos, as pessoas continuam a deslocar-se e a situação humanitária vai continuar a agravar-se”.

O ministro dos Negócios Estrangeiros português já veio afirmar que o nosso país apoia o apelo da União Europeia, que deverá ser endossado pelos líderes europeus, para uma pausa humanitária na Faixa de Gaza, embora preferisse um pedido de cessar-fogo humanitário. João Gomes Cravinho lembrou ainda que esta semana haverá o Conselho Europeu, portanto, ao nível de chefes de Estado e de Governo, referindo que “a nossa expectativa é que dessa reunião possa sair esse apelo”. 

De acordo com os números avançados pelo Ministério da Saúde de Gaza há pelo menos 5087 mortos – desde 7 de outubro, quando o conflito entre Israel e Hamas começou –, entre os quais 2.055 crianças. Já o número de feridos ultrapassa os 15 mil. Segundo este ministério, nas últimas 24 horas morreram 436 palestinianos em ataques israelitas, incluindo 182 crianças. A maior parte das mortes ocorreu no sul da Faixa de Gaza.