O presidente da Câmara Municipal de Lisboa afirmou esta quarta-feira que a Web Summit “é um evento tecnológico e não geopolítico” e que não deve ser confundido com as opiniões do cofundador sobre o conflito entre Israel e o Hamas.
“Nós estamos em contato diário com o evento. Sabemos aquilo que foi o caso de um comentário feito sobre geopolítica, de alguém que tem responsabilidades, mas que não é a Web Summit”, afirmou Carlos Moedas, questionado sobre uma publicação na rede social X (antigo Twitter) do cofundador da Web Summit sobre a guerra de Israel com o Hamas.
Na sequência da publicação, várias empresas anunciaram o cancelamento da participação no evento, situação que levou Paddy Cosgrave a demitir-se de CEO da Web Summit. Entre as empresas que anunciaram o cancelamento estão a Amazon, Meta, Google, Intel e a Siemens.
O autarca de Lisboa insistiu que a Web Summit é um evento de inovação e de tecnologia e não geopolítico e assegurou que está “empenhado para que tudo corra bem”. “Eu gostava muito e penso que é importante para Lisboa que o evento corra bem. Portanto, farei tudo para que isso aconteça. Como presidente da Câmara de Lisboa é o meu dever”, afirmou.
Na terça-feira o Governo garantiu que se mantém “empenhado” na realização da Web Summit, adiantado que contactos com diferentes parceiros do evento mostram haver condições para que este decorra com normalidade. “Dando cumprimento ao acordo celebrado com o Web Summit, o Governo mantém-se assim empenhado na realização do evento, nesta e nas próximas edições, e tudo fará para que a iniciativa decorra como o previsto”, referiu o Ministério da Economia e do Mar em comunicado.
A Web Summit vai decorrer em Lisboa de 13 a 16 de novembro, sendo esperadas 2.600 ‘startups’ e cerca de 70 mil participantes