Após audiência esta quarta-feira com o Presidente da República, o PCP esclareceu esta quarta-feira que os portugueses deviam ser convocados às urnas o mais cedo possível, para resolver a crise política, alinhando com os restantes partidos políticos.
Na véspera, o secretário-geral comunista tinha-se manifestado contra o cenário de eleições antecipadas, afirmando que “o país precisava de soluções e não de eleições”.
À saída do encontro com Marcelo Rebelo de Sousa, Paulo Raimundo afirmou que “se o caminho for esse, que devia ser, nós infelizmente temos um calendário semelhante há dois anos e que esse deveria servir de referência para a dissolução e convocação de eleições, tendo sido tendo sido em final de janeiro de 2022” as últimas legislativas.
O dirigente comunista defendeu que o calendário não deve ter em conta o “mau” Orçamento do Estado para 2024. “O que se exige não é estarmos de volta de um OE2024 que é mau, mas exige-se que haja um reforço do PCP e da CDU”, apontou, salientando que o PCP tem uma avaliação negativa de um orçamento “que não dá resposta à saúde, à educação”
O líder do PCP referiu que “milhares de pessoas percebem que quando o PCP e a CGTP avançam, a vida das pessoas também avança” e, sobre a investigação que deu origem à demissão do chefe do Governo, afirmou que os processos que estão em curso “sejam dentro do tempo da Justiça rapidamente esclarecidos, investigados e que se cheguem a conclusões”, o que é “importantíssimo para a democracia”.