Fernando Medina apoia José Luís Carneiro para secretário-geral do PS

O governante elogiou o crescimento da economia portuguesa, apesar do abrandamento, o equilíbrio das contas públicas (défice e dívida) e a força do emprego

O ministro das Finanças disse esta sexta-feira que apoia José Luís Carneiro a secretário-geral do PS. Fernando Medina considera que o ministro da Administração Interna “dá boas garantias da continuidade da política” do Governo de “contas certas” e estabilidade.

“José Luís Carneiro é o candidato que se apresenta com uma visão mais próxima da continuidade do atual executivo, com uma política de contas certas, de redução da dívida, que consistentemente tem partilhado desse objetivo e desígnio que considero da maior importância para país”, disse Fernando Medina, que é também militante socialista.

O governante salientou a importância desta política “sobretudo na fase de forte instabilidade internacional e política, ainda com taxas de juro muito elevadas e em que Portugal não pode vacilar na consistência relativamente à sua política financeira”. 

O ministro das Finanças disse ainda que apoia o seu colega de Governo por considerar que é o candidato que representa a moderna social-democracia e os valores europeístas.

Fernando Medina falava aos jornalistas à margem da conferência anual da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), na qual disse que Portugal tem atualmente estabilidade económica, orçamental e social e que essas conquistas devem ser preservadas pois dão “confiança no futuro”, desde logo num período de crise política.

O governante elogiou o crescimento da economia portuguesa, apesar do abrandamento, o equilíbrio das contas públicas (défice e dívida) e a força do emprego, com o recorde de cinco milhões de trabalhadores, para considerar que estas são as forças de Portugal, num contexto de juros altos e de recente crise política.

“Não desvalorizemos estas conquistas. A confiança externa e a descida dos custos de financiamento permitem atravessar este tempo de juros altos sem comprometer a capacidade de mitigar o seu impacto nos mais vulneráveis e permitem passar estes tempos de normal funcionamento da vida democrática, com realização eleições daqui a alguns meses”, disse.

As eleições diretas para a sucessão de António Costa para a liderança dos socialistas, que este sábado serão marcadas para os dias 15 e 16 de dezembro, têm para já duas candidaturas: uma do ex-secretário-geral adjunto do PS e ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, e do ex-ministro e atual deputado socialista Pedro Nuno Santos.