António Costa deixou, este domingo, a garantia de que não “fará sombra” ao novo secretário-geral do PS e defendeu que os socialistas estão mais unidos do que os sociais-democratas.
“Cada um que chega é natural que faça diferente. E eu não estarei cá a assombrar ninguém para que não faça diferente do que eu estava a fazer”, disse, prometendo: “Estou disponível para cumprir a minha missão com o país e para ajudar a liderança do PS”.
Em declarações aos jornalistas no Largo do Rato, onde esteve reunido com Pedro Nuno Santos, António Costa parecia já estar em modo campanha para as legislativas, marcadas para 10 de março, elogiando o seu sucessor e criticando o líder do PSD.
“Pedro Nuno Santos é uma pessoa com grande experiência política. Se compararmos a experiência com a do líder da oposição, percebemos a gigantesca diferença que existe quanto ao grau de preparação”, defendeu.
Para Costa é importante frisar que Pedro Nuno Santos vai a eleições daqui a três meses e que não se pode “obviamente” pedir que faça nesse curto período de tempo “o que outros tiverem oportunidade de fazer em vários anos”.
Mas por outro lado, defende que o novo líder do PS parte com várias vantagens: “a experiência que tem, o balanço que as pessoas fazem da atividade governativa do PS e o distanciamento que teve da governação, para perceber o que se pode fazer melhor”.
“Ele tem consciência das prioridades e dos problemas do país”, sublinhou.