Israel propôs no início desta semana um cessar-fogo de dois meses em troca da libertação de todos os reféns que ainda se encontram na Faixa de Gaza. A proposta foi mediada pelo Catar e pelo Egito, mas o resultado final ainda não é certo.
Em dezembro do ano passado, o gabinete de guerra israelita já tinha apresentado uma proposta de cessar-fogo, ainda que de apenas uma semana, para fazer regressar quarenta reféns. A proposta foi rejeitada pelo Hamas, que exigia a libertação de milhares de presos palestinianos e a chegada de mais ajuda humanitária a Gaza.
A nova proposta israelita pode ser o começo de um longo processo de alívio de tensões e de uma consequente proteção de vidas civis, num conflito que não tem fim à vista. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, continua intransigente – à medida que a sua taxa de aprovação cai –, apesar dos esforços da diplomacia de Washington. O Médio Oriente atravessa um período de convulsão sem precedentes nas últimas décadas e o conflito no Mar Vermelho veio aumentar a volatilidade do tabuleiro geopolítico.