IL propõe fim do dia de reflexão e garante que não se deixa intimidar

Rui Rocha diz que apresentação do programa da IL é “um exercício de liberdade individual, liberdade política e liberdade de imprensa”.

O presidente da Iniciativa Liberal afirmou, este sábado, assegurou que o partido não se deixa intimidar e rejeita qualquer consequência de apresentar hoje o programa eleitoral às legislativas, o que contraria a Comissão Nacional de Eleições.

Rui Rocha falava aos jornalistas à chegada da apresentação do programa eleitoral do partido às eleições legislativas no Capitólio, em Lisboa, evento que vai ocorrer apesar de a CNE ter considerado que se trata de “propaganda proibida pela lei”, pois ocorre no dia de reflexão das regionais dos Açores.

“Não tememos nenhuma consequência porque nós fizemos um pedido de parecer à CNE. Esse pedido de parecer foi claro no sentido de que este tipo de atividade era possível desde que não acontecesse no território dos Açores e, portanto, essa é a única decisão oficial que nós conhecemos”, afirmou citado pela agência Lusa.

Rui Rocha garantiu não ter havido qualquer notificação da CNE no sentido da proibição e que foi pela Comunicação Social que soube da controvérsia. “O que vale é ata que regista que esta ação é admissível. É verdade que há outros partidos com iniciativas partidárias hoje em todo o continente. Estamos muito tranquilos e nós nunca nos deixamos intimidar”, sublinhou.

Aproveitou ainda para salientar o facto de que uma das medidas inscritas no programa eleitoral da IL é precisamente é a abolição do dia de reflexão.

“Num ano em que se celebra o cinquentenário do 25 de Abril e em que coisas anacrónicas como os dias de reflexão e estas tentativas de limitar a nossa liberdade política e de expressão devem-nos fazer refletir sobre o caminho que devemos seguir agora neste cinquentenário”, disse, acrescentando que a apresentação do programa da IL é “um exercício de liberdade individual, liberdade política e liberdade de imprensa”.