AD quer aumentar salários, controlar a imigração e até “repor justiça” às forças de segurança

O presidente do PSD, Luís Montenegro, apresentou, esta sexta-feira, o programa eleitoral da AD.  

Luís Montenegro, presidente do Partido Social-Democrata (PSD), apresentou, esta sexta-feira em Alcântara, o tão esperado programa eleitoral da coligação, Aliança Democrática (AD).

O dirigente do PSD sublinha que quer “apresentar a mudança e construir um futuro a partir do dia 10 de março”, mas que tudo isto, está nas mãos dos portugueses. Este programa, diz Montenegro, “oferece uma ambição reformista e responsabilidade social e está suportado em boas contas”.

“Na AD queremos virar a página do desespero e abrir a página da esperança, Portugal não é isto e não tem que ser isto. Um país que abandona milhões à pobreza” explica o presidente do PSD, reforçando que quer “fazer diferente, com muita ambição e esperança”.

A AD prevê que as suas políticas resultem num excedente de 0,2%, em 2025, e um rácio de dívida pública de 80,2% em 2028.

Montenegro explica também, que procura “criar uma economia produtiva e competitiva”, aumentando “as qualificações dos portugueses com exigência e rigor” e simultaneamente reduzir a pobreza, valorizar e premiar o trabalho. Tudo isto com uma “governação séria e transparente”, assegura o social-democrata.

“Propomos baixar os impostos da classe média e dos jovens, aumentar salários e pensões, reformar o estado e a economia para aumentar a produtividade. Construir e reabilitar mais camas, cortando custos desnecessários, dar condições e oportunidades aos filhos de Portugal com um imposto sobre os rendimentos mais baixos e acessos à habitação. Queremos aprovar um programa e medidas concretas que permitam a integridade e a transparência”, explica o presidente do PSD.

O social-democrata disse ainda querer controlar a imigração e trabalhar para o regresso dos imigrantes portugueses.

A AD, na temática da habitação, quer garantir a totalidade do empréstimo à habitação e isenção de IMT aos jovens, na compra da primeira casa, sublinhando que quer um “Estado ao serviço das pessoas” e não um “Estado ao serviço do partido”, que, no olhar de Luís Montenegro, foi o que aconteceu nos últimos anos durante a governação socialista.

Na saúde o presidente do PSD explicou que deseja “salvar o SNS e dar um serviço de qualidade a todos”, através da garantia de resposta de médico de família, para todos, até ao final de 2025, e com um vale cirurgia, que permita a resposta, em forma automática, quando é ultrapassado o tempo de resposta.

Para a educação, a AD propõe a recuperação do tempo de serviço dos professores, a valorização da carreira, procurando trazer mais docentes para a profissão, a crianção de incentivos ainda mais fortes em zonas com mais carência de docentes, serviço gratuito pré-escolar e creches, e a dedução de IRS para professores deslocados.

O líder do PSD comprometeu-se a “valorizar as forças de segurança para repor a justiça que é justamente reclamada, por isso vamos abrir diálogo com as forças de segurança”, refere o Montenegro reforçando que não esquecem “os bombeiros e a proteção civil e os agricultores”.

Na corrupção, a AD vai “atacar a corrupção para todos os fenómenos que corroem a confiaça dos cidadãos na democracia e nos políticos”, através da criação de atis e medidas, pois “a chaga que existe em Portugal não se resolve com gritaria”.

“AD quer garantir a segurança e a estabilidade das vidas e dos bens dos portugueses e reforçar a proximidade”, conclui.