O debate de Luís Montenegro e Rui Rocha, líderes da AD e da IL, deste domingo revelou pontos de concordância e a abertura para possíveis entendimentos, tendo o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e o futuro da Caixa Geral de Depósitos (CGD) sido os principais pontos de divergência.
Enquanto o líder do PSD e da AD diz que a CGD deve permanecer pública, considerando que é uma “válvula de segurança” e uma “garantia do sistema”, o presidente da IL defendeu que o banco “não deve ser público porque está sujeito à intromissão que não queremos”.
Sobre a saúde, Luís Montenegro entende “que a base do sistema de saúde é pública” e que como os recursos do SNS são escassos, o setor social do Estado e a iniciativa privada devem colaborar numa ótica simplesmente complementar (PPP – Parceria Público-Privada).
O líder da AD apontou depois à IL, considerando que esta têm uma visão mais “concorrencial” entre os setores público, privado e social. Rui Rocha respondeu que “há terreno comum” para o SNS, nomeadamente nas PPP, apontando que para o PSD será “possível recorrer aos privados quando SNS falha”, ao passo que para o seu partido a escolha deve ser sempre “possível”.
“Os pontos de partida são diferentes”, disse o presidente da IL, enaltecendo a liberdade de escolha, antes de afirmar que “a solução para o país está nesta mesa e qualquer voto que não esteja representado nesta mesa atrasa a solução, pode bloquear a solução e consiste em manter o PS no Governo”.
Montenegro afirmou que “o objetivo da IL e do PSD é o mesmo”.