A tinta de Montenegro

Líder da AD não desvalorizou o sucedido e fez participação do incidente à Polícia.

Foi uma prova de fogo para o líder da AD, mas uma prova que Luís Montenegro passou com distinção. 

A surpresa de sentir um balde de tinta verde a escorrer-lhe pela cabeça abaixo à entrada de uma visita de campanha à BTL (Bolsa de Turismo de Lisboa), na FIL, foi vivida com sangue frio. 

Montenegro nunca perdeu a compostura, o que em momentos como este, com todas as câmaras de televisão e máquinas fotográficas apontadas, é, já por si, uma grande vantagem. Mas assim que começou a falar, o líder do PSD tirou do episódio o maior proveito possível. 

Lembrou que a causa ambiental faz parte do currículo de longa data do PSD, recordou que a primeira AD teve a assinatura de Gonçalo Ribeiro Telles e lamentou que o seu agressor tenha preferido agredir a conversar. 

Tudo certo para um candidato a primeiro-ministro que luta pela conquista de votos dos indecisos. Mais tarde, depois de ter tido que saltar dois momentos de campanha, anunciou o que faltava: não desvalorizou o sucedido e fez participação do incidente à Polícia.