O novo hospital de Sintra que Pedro Nuno Santos visitou esta manhã em campanha, depois de António Costa lhe ter recomendado a visita indicando que esta é uma obra que o atual governo lhe deixa para inaugurar, afinal, tem uma história bem diferente.
O investimento deste hospital, superior a 55 milhões de euros, foi exclusivamente suportado pelo orçamento da Câmara Municipal de Sintra, liderada pelo socialista Basílio Horta.
A obra era há muito reclamada pelo município, que é o segundo mais populoso de país, mas o governo nunca quis assumir esse investimento. «É a primeira vez no país que uma Câmara Municipal entrega ao estado, ao ministério da saúde, um hospital feito, chave na mão», disse Basílio Horta na altura da decisão.
A inauguração do Hospital de Sintra, foi um dos trunfos que António Costa levou para o seu discurso de apoio ao PS e a Pedro Nuno Santos este fim de semana no Porto. O ainda primeiro ministro contestava afirmações recentes do líder da AD que acusava os socialistas de não terem inaugurado nenhum hospital em oito anos de governo, Costa argumentou que o mais fácil é inaugurar, o mais difícil é lançar obra e deu como exemplo o hospital de Sintra: «há uma coisa que eu quero deixar todos tranquilos e dizer ao Pedro Nuno, que vai ter muita obra para inaugurar», e entre os vários exemplos, «não visitou mas pode visitar, está quase a acabar, o hospital de Sintra».
Indignados com a manipulação dos factos por parte do governo socialista, os vereadores do PSD e CDS de Sintra, fizeram aprovar esta terça feira em reunião de Câmara um voto de repúdio às declarações do primeiro ministro. Basílio Horta não esteve presente na votação, por estar ao lado de Pedro Nuno Santos a visitar o obra do hospital, que afinal é uma obra municipal.