Marcelo Rebelo de Sousa pediu, esta quinta-feira, a Israel que reconsidere a decisão de declarar o secretário-geral das Nações Unidas “persona non grata”.
“Penso que seria muito sensato que as autoridades israelitas reconsiderassem aquela atitude, por ser desproporcionada. Onde o secretário-geral falou em lamentar, eles teriam preferido condenar, que o lamento era insuficiente”, disse o Presidente da República, em declarações aos jornalistas, à entrada para a Escola Alves Martins, em Viseu, a quem atribuiu o título de membro honorário da Ordem de Instrução Pública.
“É uma situação praticamente sem precedente em relação a um secretário-geral das Nações Unidas ou altas figuras internacionais. Mesmo com países que normalmente se vetam reciprocamente no Conselho de Segurança e, como sabem, estão a paralisar o Conselho de Segurança”, disse ainda.
O Chefe de Estado acrescentou que se revê na posição da União Europeia, que pretende que se continuem a manter esforços para “ultrapassar aquilo que está a ser verdadeiramente, de dia para dia, um agravamento da situação”.
“Nas relações entre Estados e instituições internacionais, se a ideia é construir a paz, a prazo mais ou menos curto, o reconsiderar estas decisões é uma questão de bom senso”, concluiu.