Marco António Costa veio fazê-lo numa declaração a meio do Conselho Nacional do PSD, lembrando a "proximidade" natural entre os partidos da coligação e o PS por defenderem, entre outras coisas, a permanência na NATO e no euro.
Isso, explicou o vice-presidente do PSD, faz com o PS seja o parceiro natural para uma "solução que seja consistente e sólida".
Se passará por um Bloco Central, Marco António não quis dizer. Como não quis também definir quais são os princípios de que o PSD e o CDS estarão ou não disponíveis para abdicar.
O calendário também não está definido. Para já, a coligação vai esperar pela reunião da Comissão Política do PS que decorre esta terça-feira à noite.
Marco António diz-se "otimista" e garante que o diálogo será "franco e aberto". Mas no PSD são muitos os que duvidam de um acordo firme com um partido que vive um momento de indefinição interna.
A posição dominante é a de que este é um passo natural, em resposta aos apelos de Cavaco, mas de que muito dificilmente haverá uma solução que garanta já uma governação estável.
No espírito da maioria, os próximos tempos serão de negociação constante e o Parlamento voltará a ser o palco central da política.
Por agora, os olhos estão voltados para o Largo do Rato para perceber o que poderá acontecer no PS.