“Se a sua intenção não era quebrar o vidro porque é que atiraram a pedra contra o vidro?”, diz Santos Silva depois do chumbo do OE

O ministro dos Negócios Estrangeiros interrogou o chumbo do Orçamento do Estado, que levou à ruína do Governo, sem mencionar os partidos do PCP e do Bloco de Esquerda. Quem está isento de críticas é Marcelo Rebelo de Sousa, que segundo o ministro, fez “tudo o que estava ao seu alcance”. 

“Se a sua intenção não era quebrar o vidro porque é que atiraram a pedra contra o vidro?”, diz Santos Silva depois do chumbo do OE

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, apontou o dedo a todos que “atiraram pedras” convencidos que não iam partir os vidros que cobriam os telhados do Governo ruído pelo chumbo do Orçamento do Estado, sem mencionar os partidos do PCP e do Bloco de Esquerda (BE).

“Não posso assistir ao que venho assistindo nos últimos dias sem me lembrar de uma cena da minha juventude, porque alguns que atiraram a pedra contra o vidro vêm agora dizer que a sua intenção não era quebrar o vidro. Se a sua intenção não era quebrar o vidro porque é que atiraram a pedra contra o vidro?", questionou, sem dizer os nomes do BE e PCP, citado pela agência Lusa, no âmbito da cerimónia oficial que formalizou a instalação do Centro Internacional Rei Abdullah Bin Abdulaziz para o Diálogo Inter-religioso e Intercultural, no Palácio das Necessidades.

Fora da lista do ministro está o Presidente da República, apontando o esforço de Marcelo para que as “negociações fossem concluídas”. “Ninguém lhe pode criticar não ter feito tudo o que estava ao seu alcance para garantir que o país tivesse um orçamento", assinalou Santos Silva.

Já sobre a possibilidade de acordos entre os partidos da esquerda após as eleições antecipadas, o governante disse que o PS está preparado para assumir as “responsabilidades” que Portugal lhe atribuir.

"Se essas responsabilidades forem, como nós esperamos, liderar o Governo, nós saberemos encontrar as condições de governabilidade para exercer essa responsabilidade. Sendo que, como o primeiro-ministro já disse, as condições de governabilidade exigem que a nova maioria que se venha a formar no Parlamento seja uma maioria sólida, reforçada e duradoura", sublinhou Santos Silva.

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