Vladimir Putin devia ordenar “cessar-fogo definitivo”, defende Cravinho

“Aquilo que ele tinha que fazer, verdadeiramente, era retirar as suas forças da Ucrânia”, reforçou.  

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal desvalorizou, esta sexta-feira, o cessar-fogo anunciado pelo Presidente russo, Vladimir Putin, na Ucrânia, defendendo que Moscovo deveria ordenar um "cessar-fogo definitivo e retirar as suas tropas". 

"Fazer um cessar-fogo não resolve o problema que ele [Putin] criou", disse João Gomes Cravinho em declarações à agência Lusa.  

"Naturalmente, um cessar-fogo é sempre bom porque há menos mortos durante este período, mas Putin criou um gravíssimo problema internacional ao invadir a Ucrânia", reforçou o chefe da diplomacia, acrescentando que "é difícil olhar para esta decisão de fazer um cessar-fogo de 36 horas como outra coisa que não um exercício de cinismo e uma manobra tática para ganhar tempo e para procurar impressionar a opinião pública internacional". 

"Aquilo que ele tinha que fazer, verdadeiramente, era retirar as suas forças da Ucrânia", concluiu. 

Recorde-se que o Presidente russo, Vladimir Putin, terá determinado um cessar-fogo na Ucrânia, durante as celebrações do Natal ortodoxo, nos dias 6 e 7 de janeiro, avança a AFP. 

A decisão de Putin surge na sequência do pedido do patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, divulgado na quinta-feira.