O ‘projeto europeu’ é o fim da Europa, o ‘sonho europeu’ é um pesadelo e os ‘valores europeus’ não passam dos valores estruturantes de uma anti-Europa.
A esquerda e a extrema-esquerda criaram uma ‘Polícia de costumes’ destinada a infernizar a vida de quem desalinhar do pindérico catecismo da seita.
Quem tomou a decisão matricial que nos fez chegar a este impasse foi Luís Montenegro. Se por arrogância, se por erro de cálculo, é indiferente.
Alguém imagina Macron a fazer mea culpa, a esvaziar o Louvre para pagar os saques de Napoleão um pouco por toda a Europa?
Quando ouvir dizer que o Chega e os seus aliados querem o fim da UE, traduza desta forma: o Chega não quer o fim da verdadeira Europa
Em Portugal e na UE estarão em confronto duas visões da Europa. Duas visões inconciliáveis e radicalmente distintas.
Continuar a viver livre num país livre e verdadeiramente independente, apenas tem o Chega e o partido europeu por este representado, o ID.
Os partidos tradicionais nasceram para a mera gestão quotidiana e não para refundar. E é esse o cerne da questão.
O Chega tem vindo a apelar para que seja aproveitada a larga maioria de Direita saída destas eleições para levar a cabo as reformas de que toda a gente fala
Luís Montenegro e o seu núcleo duro estão a fazer política para um país que já não existe. Vivem numa ficção.
Importa, e muito, saber o que pretende Luís Montenegro: se fortalecer a Direita, se discutir com o PS a liderança da Esquerda.
Diz a velha sabedoria popular que ‘podes enganar uma pessoa todo o tempo, algumas pessoas durante algum tempo, mas não muitas pessoas durante muito tempo’
O Chega não quer este Estado socialista que a todos asfixia sobrepondo-se às famílias e às tradicionais comunidades intermédias entre o Homem e o Estado.
Preferiria mil vezes uma situação à italiana, em que Chega, Iniciativa Liberal e PSD tivessem feito um acordo similar ao italiano.
O Chega tem, mais do que um somatório de projetos avulso de pequenas mudanças, uma visão para o país
Estes ‘zangados’ estão ancorados no senso comum, o mais precioso ativo da estrutura racional do Homem.
O povo suíço, um dos mais abastados do planeta, é o único onde a última palavra, em tudo o que importa, pertence ao povo e não aos burocratas de Berna.
Chega a ser dolorosa a visão que o provinciano da bolha tem daquilo que ele imagina ser um verdadeiro ‘homem de Estado’…
Essa putativa coligação pré-eleitoral não conta com o Chega porque o PSD não quer (nem o Chega quereria).