António Costa retribuiu, sexta-feira, a Pedro Nuno Santos a graça que este lhe fez há cinco anos, na Batalha, fazendo com que o Congresso da consagração do novo líder socialista mostre que ele, Costa, ainda continua longe de ter de pôr os papéis para a reforma.
Pedro Sánchez inaugurou há dias um novo supercomputador dos mais potentes da Europa, sediado em Barcelona e financiado por fundos europeus (50%) e por Espanha, Turquia e… Portugal. Chama-se MareNostrum 5 e pode ser utilizado umas horas por mês por investigadores portugueses.
Como diria um bom e velho amigo meu, Marcelo Rebelo de Sousa, por estes dias, até parece um chapeuzinho amarrotado de tanto amasso e pancada. Totalmente descabidos e injustos. Seja no caso das gémeas luso-brasileiras felizmente salvas, seja na crise política em que foi enredado.
Quando, no domingo, António Costa sair do Largo do Rato, a pé, depois de entregar a chave do gabinete do secretário-geral do PS ao seu sucessor, começará a sua caminhada com um único objetivo: Belém e as Presidenciais de 2026.
Por que será que a Forbes coloca a PM italiana entre as quatro mulheres mais poderosas do mundo em 2023? Onde está o ‘papão fascista’ que a extrema-esquerda europeia tanto temeu quando Meloni ganhou as eleições e o direito a formar Governo para lá dos Alpes?
António Costa veio esta semana falar da importância da exploração do lítio para o país, como se não houvesse uma investigação em curso em que vários membros do seu Governo, e ele próprio, são suspeitos. E ainda estranha que tenha sido encontrado dinheiro vivo em S. Bento?
No turbilhão de intervenções torpes ou de mau gosto de políticos e agentes da Justiça (advogados e magistrados) e com a linha da separação de poderes a ser pisada e repisada, ainda há vozes de bom senso, como a do juiz Manuel Soares e a do conselheiro de Estado António Lobo Xavier.
Costa não pode sacudir a água do capote nem tentar culpar Marcelo pelo que vier a resultar das eleições de março. E se ainda sonha com uma eventual, e muito difícil, reabilitação política, a verdade é que foi ele quem pactuou com tantos ‘casos e casinhos’ enraizados na cultura do PS.
Os alertas do presidente do STJ teriam de ter merecido imediata reação dos titulares dos outros órgãos de soberania. Mas todos ignoraram. Incluindo a Oposição. Até a bomba estoirar. Enquanto não se admitir que a corrupção está instalada em Portugal, a história vai continuar a repetir-se…
A completarem-se 50 anos sobre a Revolução de Abril, os militares, aos olhos de uma esquerda do PS que se propõe ser alternativa a este Governo do PS, devem ter os seus direitos políticos diminuídos. Por exemplo, não devem ser candidatos a Belém. Eles querem mesmo arrebanhar tudo.
Com o mundo à beira de uma Terceira Grande Guerra, o Orçamento de Estado para 2024 continua a fazer de conta que as nossas Forças Armadas não precisam de investimento. É um erro grave. Mas a Defesa não dá votos nem Helena Carreiras tem peso político que se veja.
Luís Montenegro foi eleito para um ciclo político de quatro anos, não foi para se deixar condicionar por eleições regionais em que não tinha nada que se ter metido, nem por europeias para as quais tem é de arranjar um bom candidato em vez de estar com medo do resultado.
A última entrevista de António Costa teve como única novidade as medidas do Governo contra estrangeiros ricos que investiram em Portugal. Num país com um problema de empobrecimento acelerado e a braços com uma vaga de imigrantes descamisados…
Se António Costa não tem uma ideia para Portugal, a esmagadora maioria dos seus ministros não têm soluções nas suas pastas. Só bolinhas de tinta para atirar ao povo como as das Gretas e dos Gretos que só contribuíram para reforçar o peso do homem com a barba verde.
O PS de António Costa sempre acusou o PSD de Passos Coelho de se comportar como bom aluno na Europa e se ajoelhar perante a troika; mas o Executivo socialista arma-se em reguila por cá, mas bate a bola baixinho em Bruxelas e sai de lá sempre de cócoras ou a rastejar.
Como é possível que passados oito-anos-oito os governantes socialistas ainda culpem o Governo de Passos Coelho por todos os males de que padecem a Educação, a Saúde ou a Justiça deste país? Mesmo que assim fosse, já tiveram mais do que tempo para atalhar caminho.
Aliás, a necessidade de Marcelo insistir que não há qualquer «querela» com o primeiro-ministro é tão eloquente como o silêncio de Costa ou frases do género «cada um no seu galho».
Mortágua tem toda a razão: o machismo e o assédio têm de ser condenados sempre, seja no futebol espanhol, seja onde for – como na academia portuguesa.