Morreu na segunda-feira, aos 92 anos, o “senador da destituição”, uma figura ímpar na política italiana e na compreensão dos conflitos sociais que deram origem ao capitalismo. Mario Tronti elevou o ódio à classe burguesa a um elemento decisivo no combate político, assumindo o imperativo de se conhecer o inimigo melhor do que este se conhece a…
Sixto Díaz Rodriguez, conhecido como apenas Rodriguez, foi um cantor, compositor, guitarrista e poeta, de ascendência mexicana, nascido nos Estados Unidos, onde, no início dos anos 1970, iniciou uma carreira musical discreta e de curta duração, com apenas dois álbuns pouco vendidos.
A morte do cantor foi confirmada à agência de notícias norte-americana Associated Press pela agente Sylvia Weiner.
Na morte de Milan Kundera seria mais justo que, em vez de nos entregarmos aos fastidiosos protocolos das despedidas, revirássemos o necrológio, relembrando como o romancista assinou o obituário do Ocidente dos tempos modernos.
Ted Kaczynski, mais conhecido como Unabomber, suicidou-se na sua cela no passado sábado, sendo que, depois de um reinado de terror de 17 anos, e de mais duas décadas encarcerado, veio a transformar-se numa figura cada vez mais polarizadora, encarado por muitos como mais outro psicopata violento, enquanto um número crescente de pessoas o veem…
Um dos grandes romancistas americanos, que teve alguns romances adaptados ao cinema, e um guião filmado por Ridley Scott, comparado a Melville, Conrad e Faulkner, confrontou-se na sua obra com os traumas históricos da América.
O homem que dominou a vida pública italiana nas últimas décadas e que foi o grande mentor do modelo publicitário que se impôs na política varrendo de vez os resíduos ideológicos e as reservas éticas desse plano, morreu esta segunda-feira, aos 86 anos, no hospital San Raffaele, em Milão, dois meses depois de lhe ter…
Juntamente com o vocalista Manel Cruz, o guitarrista Peixe, o baixista Nuno Prata e o baterista Kinorm, o teclista foi um dos membros fundadores dos Ornatos Violeta e esteve envolvido nos dois icónicos discos da banda portuense, “Cão!” (1997) e “O Monstro Precisa de Amigos” (1999).
Um empresário aparte, Rui Nabeiro foi um homem comprometido com o ideal de servir a sua comunidade e, tendo criado um grupo que se expandiu pelo mundo e se tornou um símbolo do café da diáspora portuguesa, recusou as sucessivas ofertas do maior grupo alimentar do mundo e provou que o capitalismo poderia ser socialista…
Mais do que a consciência moral daquela nação que sofreu uma humilhação e uma derrota devastadoras na II Guerra Mundial, Kenzaburo Oe forçou o Japão a sentir a vergonha e a culpa por uma série de actos criminosos no seu passado recente, ao mesmo tempo que se bateu para travar o renovado ímpeto nacionalista das…
Sócio fundador de uma das maiores sociedades de advogados portuguesas, a Morais Leitão, Galvão Teles exercia há mais de 60 anos e na juventude bateu-se contra o Estado Novo pela instauração de um processo democrático.
O vocalista e guitarrista que fundou os Television adorava a poesia dos simbolistas franceses, e, quando se livrou do nome de batismo, foi ao parceiro de Rimbaud que foi buscar o nome de guerra.
Aos 84 anos, morre o autor norte-americano de origem sérvia, um poeta que viu o perigo de a História se tornar uma espécie de moral absolutizante, e de nos vermos encerrados na retórica degenerada que permite que os crimes prossigam e os inocentes sejam chacinados “enquanto um tipo na televisão arranja desculpas”.
Morreu, na passada quinta-feira, aos 71 anos, o escritor francês Christian Bobin. Com um sentido muito claro da exigência de uma vida religiosa, através dos seus ensaios poéticos buscou traçar um caminho de esplendor de volta aos antigos e difíceis exemplos da fé cristã.
Um vigilante e um desmistificador, detendo-se em questões tanto da arte e da literatura, como da história, da sociologia e da política, este enormíssimo ensaísta e poeta alemão morreu na passada sexta-feira, aos 93 anos.
Morreu na madrugada de domingo, aos 89 anos, o lendário cineasta francês que, com a sua mulher, Danièle Huillet, também já desaparecida, formava “um único ser bicéfalo”, tendo criado uma das obras mais belas e exigentes da história do cinema