Aprendi também que envelhecer tem as suas vantagens: deixamos de ver as letras ao perto, mas passamos a distinguir os idiotas ao longe.
Para mim, não só não há um dia marcado para recordar os meus mortos, como eles não estão nos cemitérios: estão no meu coração, andam por aí, sinto-os sempre vivos e até falo com eles…
Os meus avós contavam-me que existiam famílias em que o pai era republicano, o avô monárquico e o vizinho pertencia à Carbonária. Facilmente se compreende a confusão que se vivia nesses dias de sobressalto, que vão dar ao 5 de outubro.
Uma vez a minha avó ensinou-me que algumas fêmeas fingem estar mortas como forma de evitar o acasalamento com machos indesejados. Algo comum em algumas espécies de sapo, como forma de defesa.
Com o tempo, as lágrimas transformam-se em sorrisos. A sala de aula, que no início parecia estranha, passa a ser um espaço de descobertas, amizades e brincadeiras.
Passávamos em terras como “Nariz” e “Busto”, ambas no distrito de Aveiro, que também tem lindas praias. Mas nós nem lá púnhamos os pés. Os miúdos ficavam com uns amigos nossos e nós íamos para o “Bruxa” (um grande café).
A Cândida Branca Flor foi uma mulher que espalhou cor e alegria, mesmo quando a sua vida era cinzenta por dentro.
Se as datas fossem celebradas, verdadeiramente, não nos esquecíamos do que “são fascistas”!
O Eládio não só comentava os jogos com muito entusiasmo, como nos fazia sentir parte daquela grande festa europeia. Era uma figura muito respeitada na televisão e marcou uma geração inteira. Havia ali um espírito de união, sabes?
As férias em família são muito especiais porque ajudam a criar memórias que ficam para sempre. Para muitos, o momento de convivência mais longo que têm ao longo do ano.
Envelhecer é mau sobretudo porque os nossos amigos envelhecem também. Eu costumava passar muito tempo em Aveiro. Uma vez estive uns tempos sem lá ir e quando voltei e comecei a perguntar pelos amigos – já todos tinham morrido.
Sempre foi uma sportinguista ferrenha! Aquela marcha, que ainda hoje se ouve nos jogos, foi imortalizada por ela. Mas não foi só isso. Ela teve uma carreira longa na rádio, na televisão e nos palcos. A sua voz fazia parte do dia-a-dia dos portugueses.
As marchas e os casamentos são mais do que festa: são tradição, são história, e mostram o quanto os lisboetas gostam de se juntar, de celebrar e de manter viva a cultura da nossa terra.
É obrigação dos mais velhos ensiná-los a descobrir e compreender, melhor, como funciona o corpo humano e as alterações próprias do crescimento.
Querida avó, Neste ano em que se celebra o centenário do guitarrista Carlos Paredes, dei conta de que ainda não falamos deste nome incontornável da cultura portuguesa.Para ficar a saber mais sobre a sua vida e obra, tenho ido a inúmeras exposições e tertúlias, que se têm organizado um pouco por toda a cidade de…
Agora, temos um Papa americano. Ainda vamos ouvir o Trump pedir-lhe que o faça diácono! E quem sabe se um dia o Trump não quererá mesmo ser Papa! Já nada me espanta, a não ser a ignorância. Aliás, para falar a verdade, já nem isso me espanta!
Ainda assim, os mais novos devem entender que o seu voto tem o poder de mudar o mundo! A democracia dá-nos esse poder. O poder do povo, que tanto ouviste dos teus avós.