Costa ‘tramado’ por um único militante

António Costa viu um único militante indeferir a sua pretensão de um congresso extraordinário para rever os estatutos do PS. A proposta de Costa tentava ultrapassar a decisão inicial da presidente do partido, Maria de Belém, que, escudada num parecer da Comissão  Nacional de Jurisdição, chumbou a possibilidade de um congresso para eleger o secretário…

Costa ‘tramado’ por um único militante

O plano B de Costa passava por propor em alternativa um congresso para rever os estatutos. Mas essa proposta implicava uma alteração da ordem de trabalhos da Comissão Nacional que decorre em Ermesinde. E a alteração exigia que fosse votada favoravelmente por unanimidade. O que não aconteceu… por um voto de, alegadamente, um apoiante de Seguro.

Após a votação instalou-se um ambiente caótico na sala, segundo fonte próxima de António Costa. “Ninguém sabe em que ponto da ordem de trabalhos estamos”, informou a referida fonte. 

Fora da Comissão Nacional, o deputado Vitalino Canas explicou aos jornalistas que foram encontrados "subterfúgios" para a proposta de Costa não ser aceite. "Sentimo-nos bastante agredidos no nosso espírito político e de serviço ao país", referiu o deputado, apoiante de Costa, acusando a direcção de Seguro de se escudar em mecanismos processuais, para evitar uma clarificação política. 

Vitalino Canas manifestou "dúvidas" de que a interpretação que a direcção de Seguro está a fazer dos estatutos seja a correcta e lamentou que o PS, um partido fundador da democracia, não permita "o funcionamento da democracia interna".  

Antes, António Costa propôs ainda um regulamento que permitisse que as primárias em 14 de Setembro, organizadas por Jorge Coelho e fiscalizadas por António Vitorino. Dois homens de "prestígio intocável", na opinião de Canas. 

manuel.a.magalhaes@sol.pt

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