"Estava pouco preparado. Lançou os temas de forma caótica, sem um fio condutor", apontava um deputado.
"Não faz sentido estar a ler enquanto interpela directamente o primeiro-ministro num debate", atacava outro, prontamente secundado por um social-democrata que recordava que Ferro Rodrigues "tem um tom monocórdico que não ajuda".
O facto de ter recorrido a notas escritas durante o debate e as clareiras de cadeiras vazias na bancada do PS não passaram despercebidos aos sociais-democratas, que saíram aliviados do primeiro debate entre Ferro e Passos.
Havia mesmo quem achasse que a bancada do PS estava com um ar "pouco animado" e quem contasse que, antes do debate, no bar do Parlamento alguns socialistas já tinham deixado no ar a ideia de baixas expectativas para o desempenho do novo líder parlamentar.
Ferro Rodrigues arrancou, porém, com um aplauso forte da sua bancada, quando disse que em breve os sociais-democratas teriam António Costa sentado no lugar de primeiro-ministro para o interpelarem directamente nos debates quinzenais.
Ferro foi também muito aplaudido quando avançou com a ideia de Costa estar disponível para debater "na televisão" com Passos, se o primeiro-ministro o quiser.