Rui Rio admitiu que vencer a Câmara de Lisboa não vai ser uma tarefa fácil e alertou que o Governo vai levar o atual presidente da autarquia e recandidato «ao colo».
Na assinatura do acordo de coligação com o CDS, PPM, MPT e Aliança, no jardim da Estrela, na quinta-feira, o presidente do PSD elogiou a seriedade e competência de Carlos Moedas, mas avisou que o PS não vai facilitar. «As guerras internas do PS vão levar a que o PS vá fazer tudo por tudo para ganhar Lisboa. É vital para eles não perder Lisboa. Vão pôr a carne toda no assador em Lisboa. O Governo vai levar o dr. Fernando Medina ao colo. Vai contar com algumas ajudas que não devia contar».
Rui Rio atacou Fernando Medina e Rui Moreira por continuarem com os seus espaços de comentário semanal na televisão. O PSD/ Lisboa já tinha desafiado o autarca de Lisboa a suspender o comentário na TVI com o argumento de que «numa luta leal o debate de ideias deve ser feito de forma igual, sem benefícios e palcos de privilégio».
Carlos Moedas aproveitou para lançar duras críticas a Fernando Medina, por não ter «uma visão» para a cidade e não cumprir as promessas. «As promessas não valem nada na boca de Fernando Medina», disse o antigo comissário europeu.
O candidato mostrou-se convicto de que os lisboetas estão cansados de 15 anos de «um PS que depende de uma extrema-esquerda que odeia todos os que não pensam como eles». Numa iniciativa que juntou todos os lideres dos partidos que integram a coligação Novos Tempos, Moedas voltou a garantir que estará próximo das pessoas e avançou com a ideia de criar «uma assembleia de cidadãos para Lisboa, uma assembleia que seja diferente, que não vai substituir o que temos, mas que vai complementar, com pessoas diferentes».
Isaltino Morais sem apoio do PSD em Oeiras
O PSD deixou para o fim a decisão em relação a Oeiras, mas acabou por apresentar um candidato próprio: Alexandre Poço, líder da JSD, foi a escolha dos sociais-democratas.
O PSD/Oeiras defendeu que o partido devia apoiar a candidatura independente de Isaltino Morais, mas esse apoio provocou divisões internas e Rui Rio optou por apresentar «uma solução de futuro» para Oeiras.