A Assembleia da República aprovou, na quinta-feira, o levantamento da imunidade parlamentar da deputada não inscrita Cristina Rodrigues. Em causa está o facto de o Ministério Público querer constituir a deputada arguida no processo relativo ao “apagão informático” do PAN, apesar de ainda ter ouvido a mesma, segundo fonte do seu gabinete.
A agência Lusa revela que a autorização foi aprovada por unanimidade na sessão plenária de quinta-feira, depois de o respetivo parecer ter sido aprovado na terça-feira pela Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados.
Na semana passada, o PAN acusou a sua antiga deputada de ter eliminado de forma "sistemática e maciça de correspondência" de um correio eletrónico associado à ação jurídica do partido liderado por Inês Sousa Real.
O partido deu conhecimento de uma queixa que apresentou em agosto de 2020 contra desconhecidos, embora "ao que tudo indica", após um inquérito interno, é possível apontar Cristina Rodrigues como uma das autoras dos ataques ilegítimos ao correio eletrónico do PAN.
Já Cristina Rodrigues referiu que o processo se encontra em segredo de justiça, podendo estar em causa por parte do PAN a “prática de um crime de violação do segredo de justiça previsto e punido” pelo código penal.
A deputada não inscrita, que anunciou a sua saída do PAN a 25 de julho de 2020, lembrou que pode "também estar aqui em causa a prática de um crime de denúncia caluniosa”.
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