O primeiro-ministro abriu, esta quarta-feira no Parlamento, o debate do Estado da Nação com o tema da Ucrânia, lembrando os apoios que foram dados ao país invadido pela Rússia.
António Costa aproveitou então o tema para falar dos efeitos da guerra em Portugal. “Todos sabemos que os efeitos da guerra não se contêm nas fronteiras da Ucrânia”, disse, dando o exemplo do "brutal aumento de inflação", sublinhando que o Governo respondeu com várias medidas focadas na energia, na carga fiscal e nos combustíveis.
Aproveitou a ocasião para anunciar novos apoios para fazer face à inflação.
"Em setembro iremos adotar um novo pacote de medidas para apoiar o rendimento das famílias e a atividade das empresas", anunciou o líder do Executivo.
Costa sublinhou que “o crescimento das empresas está em máximos históricos” e que “junho teve o menor desemprego dos últimos 20 anos”.
Citando previsões da União Europeia, o primeiro-ministro disse que Portugal será “o país da União Europeia que terá maior crescimento este ano”.
Falou ainda das creches, adiantando que o Governo fechou “hoje mesmo” acordo com Misericórdias e a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade para a gratuitidade das creches que entram já em setembro no primeiro ano.
Lembrou ainda que “esta não foi a primeira crise” que geriu “e, por ventura, não será a última”, no entanto, reconheceu que os próximos anos de Governo serão duros.
“Estamos no bom caminho, finalmente, para – com responsabilidade social – cumprir a meta do défice e da dívida com o objetivo de retirar Portugal da lista dos países mais endividados”, disse o primeiro-ministro, acrescentando que o país “vencerá”.