O início do próximo ano letivo poderá ficar marcado por uma greve dos professores caso o próximo Orçamento do Estado (OE) não inclua as medidas há muito reenvidicadas pela classe, admitiu esta terça-feira a Fenprof.
"Depois de conhecermos a proposta de Orçamento do Estado e se ao longo do debate se mantiver a ausência de medidas que valorizem a profissão docente e reforcem a capacidade de resposta das escolas para aquilo que é preciso, não descartamos nenhuma forma de luta incluindo a greve que poderá vir a ter de se realizar ainda no primeiro período", disse Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, em conferência de imprensa.
"Não estou a dizer que vai ter de ser feita, e oxalá que não seja preciso, porque a melhor forma de luta é aquela que não foi preciso realizar, porque é sinal que houve respostas para resolver os problemas", alertou o sindicalista.
O responsável referiu também que "a situação não pode continuar como até agora, ou seja, os professores continuam a ser ignorados na política governativa e a Educação e a escola pública continuam a ser passados para segundo plano por parte dos governos".
Os representantes do Ministério da Educação vão reunir-se com a Fenprof em agosto, um encontro que Mário Nogueira espera "dar resposta ao problema da precariedade" e "da carreira que está destroçada".