O ministro das Infraestruturas começou por recusar comentar o discurso do Presidente da República no 10 de junho, no Peso da Régua. “Não vou fazer considerações hermenêuticas sobre botânica e viticultura”, disse João Galamba, em Alcântara, em declarações aos jornalistas.
No entanto, quando questionado se sentia um “ramo morto”, Galamba não hesitou em responder: "Era o que mais faltava. Sinto-me, aliás, um ministro com uma agenda bastante pesada e exigente".
Recorde-se que Marcelo Rebelo de Sousa tinha dito, no sábado passado, que por vezes é necessário "cortar os ramos mortos que atingem a árvore toda", tendo a analogia sido interpretada como uma referência ao seu desejo público da saída de João Galamba do Governo.
Sobre os pedidos da oposição para que deixe de fazer parte do Executivo, o ministro considera que “as pessoas podem dizer o que quiserem”, mas que a realidade se sobrepõe “àquilo que as pessoas dizem".
Em relação ao requerimento do PSD, na comissão parlamentar de inquérito à TAP para que seja apresentada queixa junto do Ministério Público por “falsas declarações”, Galamba disse tratar-se de “um ato de desespero da oposição, que pouco ou nada tem a dizer sobre o país e questões que preocupam os portugueses”.
"O PSD pode dizer o que quiser. É natural que se foque apenas no último ponto [da comissão parlamentar de inquérito à TAP] e já foi tudo dito. Já o disse várias vezes, qualquer pessoa que veja detalhadamente a minha audição e a do secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro perceberá isso mesmo", sublinhou João Galamba.