O presidente do PSD afirmou, esta segunda-feira, que não vai “fazer o frete” ao PS de “estar todos os dias a comentar” o que se passa no partido.
“Sinceramente, eu não vou fazer o frete ao Partido Socialista de estar todos os dias a comentar aquilo que se está a dizer do Partido Socialista de um lado e para o outro. Eu estou concentrado no futuro do país, nas pessoas, naquilo que são os desejos que os cidadãos portugueses, frustrados que foram por aquilo que foi o seu voto nas últimas eleições legislativas, queiram ver resolvidos”, afirmou Luís Montenegro, no final de uma reunião na Associação Nacional de Jovens Empresários no Porto.
Sobre as declarações do primeiro-ministro, que acusou o Presidente da República de falta de bom senso para evitar uma crise política e convocar eleições, o líder social-democrata preferiu falar do que considera que falta ao país.
“O comentário que me merece é que Portugal deve criar mais riqueza, deve ter uma fiscalidade mais amiga dos cidadãos, deve ter menos asfixia nas empresas para que elas possam investir”, sublinhou.
“Sinceramente eu hoje estou focado em poder dizer que é preciso baixar o IRS sobre a classe média, é preciso incentivar a produtividade, isentando de contribuições e impostos uma margem de rendimento que tenha a ver com prémios de desempenho e disponibilidade para trabalho suplementar, é importante que os jovens portugueses saibam que até aos 35 anos vão pagar um terço do IRS do que aquilo que normalmente pagariam, que possam projetar com previsibilidade as suas vidas a uma escala de 10, 15, 20 anos”, acrescentou.