O histórico socialista Manuel Alegre apontou o dedo ao Presidente da República, no seu discurso no congresso do PS, este sábado.
Para Manuel Alegre, a decisão de Marcelo Rebelo de Sousa de convocar eleições antecipadas “foi um erro de precipitação gerador de incerteza”.
O trabalho do PS foi suspenso “contra a sua vontade”, afirmou, deixando, no entanto, um aviso: “pode dissolver-se a Assembleia da República”, mas o partido “não está dissolvido”.
O escritor disse que se vive “um período conturbado” e que “a ameaça vem de dentro da própria democracia”. O antigo candidato presidencial defendeu que o “objetivo não é só formar Governo, é salvar a democracia”.
“A capacidade de resposta e o espírito de resiliência, nunca virou a cara à luta”, disse ainda, acrescentando: “Os inimigos da democracia não passarão, vamos para a luta para vencer sem medo, sem complexo. A nossa bandeira não está no chão, está de pé”.