É “fundamental” que Bruxelas reponha financiamento à agência da ONU em Gaza, diz Cravinho

O montante é necessário porque só a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA) tem as ferramentas para fazer chegar ajuda humanitária aos palestinianos, ajuda essa que diz ser “absolutamente necessária e imprescindível”. 

João Gomes Cravinho defende que “é fundamental” que a Comissão Europeia faça a contribuição para a agência das Nações Unidas que apoia os refugiados palestinianos, ainda este mês. 

“Quem tem um pagamento pendente é a Comissão Europeia, no final de fevereiro, e é fundamental que esses – creio que são – 82 milhões de euros sejam pagos”, disse João Gomes Cravinho, em entrevista à Lusa, em Bruxelas. 

O montante é necessário porque só a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA) tem as ferramentas para fazer chegar ajuda humanitária aos palestinianos, ajuda essa que diz ser “absolutamente necessária e imprescindível”. 

Recorde-se que a UNRWA está a fazer um inquérito, na sequência de uma acusação feita por Telavive, para apurar o envolvimento de um grupo de funcionários da organização no atentado de 7 de outubro. Sobre isso, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal disse que, para já, ainda não há “elementos muito concretos sobre aquilo que se passou” e advogou que “a ideia de que se vai cortar o financiamento à UNRWA é uma baseada em dois erros inaceitáveis”. 

“O primeiro erro é dizer que devido às acusações contra dez ou 12 funcionários de uma organização que tem 13 mil num território extremamente radicalizado – a possibilidade de dez ou 12 terem cometido crimes, por mais horrendos que sejam – isso seja razão para congelar o pagamento à instituição”, sustentou.