Luís Montenegro apresenta Governo no dia 28 de março e toma posse a 2 de abril

AD soma 80 mandatos e PS fica agora com 78. Chega, que elegeu dois dos quatro deputados dos círculos da emigração, consolida-se como terceiro partido com 50 deputados.

O líder da Aliança Democrática, força política que obteve maioria dos votos nas eleições, foi indigitado poucos minutos depois da meia-noite pelo Presidente da República para formar Governo.

Numa breve declaração, após o encontro, o segundo do dia de ontem, com Marcelo Rebelo de Sousa, Luís Montenegro aproveitou para anunciar as datas dos passos que se seguem.

“Acertei com o Presidente da República que, de hoje [quinta-feira] a oito dias, no dia 28, virei apresentar-lhe a composição do futuro Governo”, começou por dizer o primeiro-ministro já indigitado.

“A data da tomada de posse será no próximo dia 2 de abril”, acrescentou.

O presidente do PSD fez ainda questão de explicar a aparente urgência na sua indigitação como chefe do futuro Governo.

Montenegro sublinhou que esta quinta-feira de manhã reunir-se-ia com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e com os líderes do Partido Popular Europeu, onde está inserido o PSD, e que era importante estar nesses encontros já como primeiro-ministro.

Recorde-se que a indigitação pelo chefe de Estado ocorreu apenas depois de quase todos os resultados dos círculos da emigração estarem apurados. Como foi sendo antecipado nos últimos dias, o Chega conquistou um mandato na Europa e outro Fora da Europa, ficando agora com um grupo parlamentar de 50 deputados.

A AD confirmou-se como a força política mais votada nas eleições, somando agora 80 mandatos, tendo eleito um deputado no círculo Fora da Europa. Já o PS elegeu 78 representantes para a Assembleia da República, um dos quais pela Europa. Destaque para a não eleição do socialista e ainda presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, que falhou a eleição.