O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, disse, esta quinta-feira, que não é tempo de provocar novas eleições por “teimosia inconsequente” e criticou as atitudes “radicalizadas” que causam o bloqueio de uma governação legitimada.
No seu discurso, na abertura da discussão da segunda proposta do programa do Governo Regional, o social-democrata reconheceu que: “Este é um tempo para governar, não um tempo para recorrermos a novas eleições regionais, o que poderá acontecer se a teimosia inconsequente se sobrepuser ao interesse regional”.
No mês passado, Miguel Albuquerque foi obrigado a retirar a proposta inicial, por ter o chumbo certo por parte do Partido Socialista (PS), do Juntos Pelo Povo (JPP) e do Chega, que reúnem um total de 24 deputados num universo de 47 lugares.
Com este cenário, o líder do Governo madeirense convidou todos os partidos com assento parlamentar para novas reuniões, para que se possa consensualizar medidas para uma nova versão. O PS e JPP recusaram o convite.
Na passada terça-feira, e depois de uma semana de negociações, o Governo Regional entregou um novo documento, onde constam 19 medidas propostas pelo CDS-PP, Iniciativa Liberal, Pessoas-Animais-Natureza e Chega, que será, esta quinta-feira, votado em forma de moção de confiança.