Executado em 1644, entrada já a segunda metade da carreira do grande pintor espanhol (ativo de c. 1618 a 1660), o retrato impressiona pela serena mestria e pelo aristocrático bom gosto
Encomendado no período imediato à morte do Infante Santo (5 de junho de 1443), o políptico estava terminado no decurso de 1445. Nuno Gonçalves e os seus contemporâneos viam os dois mártires – o infante D. Fernando e o diácono Vicente – irmanados, a um milénio de distância, pelo falecimento em cativeiro
O Políptico de S. Vicente de Fora encontra-se em processo de restauro, que deverá estar concluído no final do ano. Mas quem aparece ali representado? Quando foram pintadas as tábuas? E para quê? Afinal, existem para estas questões respostas límpidas que muitos teimam em ignorar.
A questão ucraniana é para a Rússia um assunto de segurança vital que pode estar a poucos passos de se tornar num casus belli. Uma possível intervenção militar no território vizinho foi evocada sem muitos rodeios pelo Kremlin.
Oretrato do infante de Sagres num folio da Crónica dos feitos da Guiné, de Zurara, e a datação colocada pelo copista podem revelar-se providenciais para ver os Painéis de Nuno Gonçalves à luz da razão.
Com o início do restauro do políptico de Nuno Gonçalves previsto para o dia 1 de junho, evocamos uma das suas figuras centrais, o Infante D. Henrique, e recordamos um pouco da história destas esplêndidas pinturas conservadas no Museu Nacional de Arte Antiga.
A escalada para a arma nuclear afigura-se como uma eventualidade quase certa no caso de um conflito que envolva as grandes potências. Debelada a pandemia de 2020, uma boa dose de realismo nas relações entre os Estados – pouca retórica e freio nas ambições – será benéfica para afastar perigos maiores.
«Tendo Jesus nascido em Belém da Judeia, no tempo do rei Herodes, chegaram a Jerusalém uns magos vindos do Oriente. E perguntaram: “Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo.” […] E a estrela que tinham visto no Oriente ia adiante deles, até que,…
Em 1944, a catedral de Friburgo sobreviveu quase miraculosamente aos bombardeamentos britânicos. Graças a essa feliz ocorrência, ainda hoje podemos contemplar, no seu contexto original, o altar de Hans Baldung com cenas da vida da Virgem.
É aparente que a vida política norte-americana está disfuncional. No entanto, a culpabilização simplista da atuação do Presidente Trump não vai ao fundo da questão. A eleição de Donald Trump – facto que, um ano já decorrido, ainda guarda qualquer coisa de surreal para grande parte da elite política americana – é mais sintoma do…
«Os seus três contributos mais importantes são a decifração da inscrição na bota de D. Afonso V; a identificação como Infante D. Fernando da figura que antes se pensava ser S. Vicente; e a descodificação da iconografia da cena como uma representação de uma celebração em memória do príncipe defunto, trazendo a data de 1445.…
A sequência de notícias que chegam em acelerando da vizinha Espanha convida-nos a reabrir os livros de História, procurando num ou noutro episódio da gesta secular dos nossos irmãos ibéricos a chave para a compreensão do tempo presente – é a perspetiva histórica que nos auxilia a não tomar a nuvem por Juno. E são…
Às primeiras horas de 21 de agosto, quatro estátuas de figuras da Confederação eram retiradas dos seus pedestais no campus da Universidade do Texas. No mesmo mês, E Tudo o Vento Levou saía de cartaz num teatro no Tennessee. Onde irá parar este movimento revisionista?
Um ano antes da sua morte, Kennedy enfrentou o momento mais dramático e perigoso da Guerra Fria: a crise dos mísseis de Cuba. Geriu-a de forma equilibrada e cerebral, tendo de refrear os altos militares ansiosos por bombardear a ilha
A descoberta no salão de um aristocrata madrileno de uma pintura atribuída ao mestre seiscentista causou sensação. A obra, um ‘Retrato de Criança’, foi vendida por oito milhões de euros e serve-nos de ponto de partida a uma incursão na vida e obra do pintor.
Quem são as figuras representadas nos Painéis de Nuno Gonçalves? Tudo aponta para que se trate de um retrato coletivo onde surgem, em posição proeminente, os filhos do Rei D. João I.
Na terceira e última parte deste artigo dedicado aos ‘Painéis de S. Vicente’ recorda-se como a comunidade académica julgou de forma desleal e célere uma tese que merecia ser discutida com abertura. Afinal, porque ignorar dados que só contribuem para valorizar a obra?
Há cem anos que os historiadores debatem o significado dos ‘Painéis de S. Vicente’. Afinal, as tábuas de Nuno Gonçalves podem representar uma cerimónia fúnebre de homenagem ao Infante D. Fernando, morto em Fez em 1443 e cujo corpo só foi recuperado 30 anos depois. A tese é aqui defendida vigorosamente por um universitário que…