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José António Saraiva


  • O exemplo de 1985

    As eleições de 1985 tiveram resultados muito semelhantes às de 10 de Março. E Cavaco Silva cortou a direito, avançou com as medidas que ele achava necessárias, não se preocupou muito com táticas, revelou determinação e coragem. Pouco mais de um ano depois, ganhava com mais de 50%.


  • Onde mora o nacionalismo?

    A polémica sobre o logótipo tem que ver com a esfera armilar, uma alusão aos Descobrimentos, de que alguma esquerda se envergonha. Mas não são eles, inquestionavelmente, a grande referência dos portugueses a nível planetário?


  • O fantasma do pântano

    Com acordos entre o PSD e o PS, todas as reformas ficam comprometidas. A mudança sonhada é adiada sine die. Ora, pergunto: foi nisto que a maioria dos eleitores votou?


  • O 25 de Abril para as crianças

    Desejaria que um livro sobre o 25 de Abril contado aos mais pequenos corresse tão bem como uma iniciativa em que participei. Mas temo que tal não aconteça. Todas as tentativas que tenho visto nesse sentido são de uma pobreza confrangedora: primárias, enganadoras e maniqueístas.



  • Que fará André Ventura?

    A confusão criada pelo partido ADN teve uma influência determinante no equilíbrio político. Roubando 3 deputados à AD, pôs a esquerda em maioria no Parlamento – tornando o Governo refém do partido de André Ventura.


  • Uma moeda de 5 cêntimos

    Ligando muito pouco ao dinheiro, sinto um estranho contentamento quando encontro uma nota ou uma simples moeda na rua. É uma reação quase infantil. Assim, baixei-me, limpei a moeda com os dedos e guardei-a no bolso.


  • Suicídio em direto

    Na terça-feira, André Ventura fez exatamente o contrário do que era racional e lógico: encostou Montenegro à parede. Quis vergá-lo, obrigá-lo a negociar. Ora, essa atitude só poderia ter o resultado que teve: fechar a porta a qualquer entendimento futuro.





  • Um aborto na Constituição

    Quem pôs na Constituição o aborto foi o mesmo povo que há pouco mais de dois séculos levou a cabo uma revolução onde se cometeram as maiores atrocidades.


  • Portugal e o futuro

    O próximo Governo pode durar. Se governar bem, Montenegro fará a mesma trajetória de António Costa: em próximas eleições, ampliará a vantagem. Os portugueses são situacionistas – e votam em quem está no poder.


  • O fim de um mistério com 116 anos

    O processo do regicídio foi aberto imediatamente após o crime, mas deparou-se com sucessivos entraves. Dos republicanos e dos monárquicos. A própria rainha D. Amélia – imagine-se! – terá feito pressões para que não se investigasse muito. O estranho é que ninguém até hoje tenha conseguido decifrar o enigma



  • O horror à opinião

    Ninguém sabe qual o efeito eleitoral das frases ‘fora do guião’. Afastam eleitores ou atraem eleitores? Uma campanha certinha da AD ao centro, sem qualquer ruído nem polémica, teria sido uma prenda para André Ventura.


  • Vender o peixe

    O debate que juntou todos os líderes foi um espetáculo penoso de ver. As perguntas óbvias, as respostas estafadas, a situação em si. Os políticos não lideram – são hoje um joguete nas mãos das televisões e dizem o que as audiências querem ouvir.


  • E depois das eleições

    Se a AD ganhar as eleições, como tudo indica, e o Chega puder fazer maioria quer com a AD quer com o PS, como também é previsível, André Ventura passará a ser o ‘fiel da balança’ do sistema.


  • Um retrato do país

    Quando me falam na ‘geração mais qualificada de sempre’, sorrio. O sistema de ensino está formatado para distribuir canudos e não para formar as pessoas de que o país precisa. E já nem falo da emigração dos mais afoitos.



  • Quem vai ganhar em 10 de março?

    Luís Montenegro não deve considerar-se favorito nas próximas eleições por estar à frente na maioria das sondagens. As sondagens têm-se constantemente enganado. A questão é outra – e vem de trás.


  • O império do sexo

    O mundo ocidental, que dir-se-ia estar num patamar superior de civilização, menos atravessado por impulsos primários, mais intelectualizado, vive muito dominado pelo sexo – e talvez cada vez mais.


  • O fator pessoal

    Compare-se o PSD de Montenegro com o de Sá Carneiro, o de Balsemão com o de Cavaco Silva, o de Durão Barroso com o de Passos Coelho. Parecem realidades diferentes