Poesia



  • Maria Lis e Miguel Cardoso. “Apagar o mundo, trazer outro”

    Hoje o futuro é um susto, mas enquanto o colapso não relança o jogo, surge-nos um livro de cumplicidades várias, em que versos e desenhos se entretecem a partir de frases e detalhes, figuras e lugares desviados dos escritos públicos e da correspondência da revolucionária marxista Rosa Luxemburgo com amigos e amantes, e que se…

    Maria Lis e Miguel Cardoso.  “Apagar o mundo, trazer outro”

  • José António Almeida. “Saga tão antiga quanto o mundo”

    Um dos nossos mais astuciosos erotistas, este poeta que viveu a melhor parte da sua vida numa vila da província alentejana, tem prosseguido num ciclo de obras em curso sob a designação geral de Metamorfoses aquela que é, entre nós, a obra poética mais implicada no retrato da vivência do desejo homossexual numa altura em…

    José António Almeida. “Saga tão antiga quanto o mundo”

  • Mário Cesariny. Algumas vezes foi preciso matar

    No centenário do poeta, é bom lembrar como lhe devemos algumas das raras avenidas sem retrocesso que foram abertas no nosso idioma, e as suas imagens que riscaram em qualquer cela ou muro os horizontes mais esfuziantes, numa ânsia de escapar desta terra desolada que fez da língua que falamos uma das que hoje têm…

    Mário Cesariny. Algumas vezes foi preciso matar

  • A música negra de Sá de Miranda

    Uma pequena antologia recente, com selecção e prefácio de Pedro Mexia, permite-nos ver uma forma sóbria de encarar os nossos clássicos, ao mesmo tempo que nos dá uma melodia desesperada de um dos maiores poetas da língua.

    A música negra de Sá de Miranda

  • Luiza Neto Jorge. As heréticas, as cabras

    Não precisou de mais do que sete livros, com um silêncio de uma década de permeio antes de fechar a conta. Uma obra tão breve quanto fulgurante e que não merecia um calhamaço, mas que assim regressa às livrarias e nos lembra ainda que isso da “mulher” é como ficar de castigo a vida toda…

    Luiza Neto Jorge. As heréticas, as cabras

  • Portugal, a pátria do exílio

    Numa rara iniciativa empenhada em fazer uma reflexão sobre o campo da edição de livros entre nós, lançando de caminho um esboço sobre esse território sobre o qual os leitores parecem ter uma perspectiva cada vez mais brumosa, nas suas conversas com editores a livraria Tigre de Papel tem permitido uma indagação e um debate…

    Portugal, a pátria do exílio

  • Augusto Santos Silva assinala Dia Mundial da Poesia

    “Com a rede puxo para mim o que se move na sombra” (Nuno Júdice). Bom Dia Mundial da #Poesia!”, escreveu Augusto Santos Silva, através do Twitter.  

    Augusto Santos Silva assinala Dia Mundial da Poesia

  • Manuel de Freitas. A tentação das últimas consequências

    Em “Levar Caminho I”, um dos mais influentes e polémicos poetas das últimas duas décadas inicia o processo de reunião da sua vastíssima obra, convocando assim os leitores para um balanço e uma revisão não só desta poesia como dos abalos e dos equívocos que gerou.

    Manuel de Freitas. A tentação das últimas consequências

  • A.M. Pires Cabral. ‘A poesia é das atividades humanas mais atreitas a charlatanismo’

    É poeta e ficcionista e tem vindo a construir uma obra de pessoalíssima voz. Nasceu em 1941 em Chacim, uma antiga vila de Macedo de Cavaleiros e é conhecido o seu desapego pelas grandes cidades e pela via rápida (tantas vezes efémera ou imediatamente mortal) do produto desnacionalizado.

    A.M. Pires Cabral. ‘A poesia é das atividades humanas mais atreitas a charlatanismo’

  • Manuel de Freitas. O derradeiro fulgor da poesia

    Um dos mais importantes poetas dos últimos 20 anos, Manuel de Freitas começa agora a reunir a sua produção poética. O que encontramos no primeiro volume é um derradeiro fulgor da poesia, que se mede uma vez mais com a época do seu desaparecimento.

    Manuel de Freitas. O derradeiro fulgor da poesia

  • Joaquim Manuel Magalhães. O sindicato da poesia

    Com as suas mais de mil páginas, a reunião das décadas de ferocíssimo exame crítico da poesia contemporânea levada a cabo por Joaquim Manuel Magalhães na imprensa resulta num tijolo (com selo da Bestiário) que poderá partir qualquer vitrina, mas que, se aberto e lido, nos oferece tantos motivos de repulsa como de deslumbramento, constituindo em…

    Joaquim Manuel Magalhães. O sindicato da poesia

  • Paul Celan. Quando a poesia exige o fim da música

    O projecto de traduzir todos os poemas de Celan é de uma ambição desmesurada, um feito a que poucos se atreveram, e por bons motivos. Tratando-se de uma obra empenhada em revirar a língua alemã com um furor vingativo, os poemas estão investidos de um grau de invenção idiomática e de uma radicalidade expressiva que…

    Paul Celan. Quando a poesia exige o fim da música

  • Charles Simic. “O mundo é velho, nunca foi outra coisa senão velho”

    Aos 84 anos, morre o autor norte-americano de origem sérvia, um poeta que viu o perigo de a História se tornar uma espécie de moral absolutizante, e de nos vermos encerrados na retórica degenerada que permite que os crimes prossigam e os inocentes sejam chacinados “enquanto um tipo na televisão arranja desculpas”.

    Charles Simic. “O mundo é velho, nunca foi outra coisa senão velho”

  • João Luís Barreto Guimarães. Prémio para um poeta em movimento

    Poeta e médico cirurgião conquistou o maior galardão da cultura portuguesa. “Alia à virtude da palavra e da imaginação uma reflexão por vezes irónica, por vezes realista, sempre duramente trabalhada”, elogiou o júri.

    João Luís Barreto Guimarães. Prémio para um poeta em movimento

  • Christian Bobin. “Entre o coração e o mundo há uma luta de morte”

    Morreu, na passada quinta-feira, aos 71 anos, o escritor francês Christian Bobin. Com um sentido muito claro da exigência de uma vida religiosa, através dos seus ensaios poéticos buscou traçar um caminho de esplendor de volta aos antigos e difíceis exemplos da fé cristã.

    Christian Bobin. “Entre o coração e o mundo há uma luta de morte”

  • Hans Magnus Enzensberger. Morreu o intelectual que deixou um osso em cada túmulo

    Um vigilante e um desmistificador, detendo-se em questões tanto da arte e da literatura, como da história, da sociologia e da política, este enormíssimo ensaísta e poeta alemão morreu na passada sexta-feira, aos 93 anos.

    Hans Magnus Enzensberger. Morreu o intelectual que deixou um osso em cada túmulo

  • A religião profana dos gatos

    Há um culto aos gatos com uma tradição longuíssima e que remonta, pelo menos, ao Antigo Egipto. Na época moderna, já superada a tentação de remeter tudo para a adoração das divindades, não têm faltado na literatura exemplos de grandes escritores que tiveram com o gato as maiores atenções. Entre nós, Rui Caeiro (1943 -2019)…

    A religião profana dos gatos

  • Homoerotismo. A clandestinidade dos autênticos adolescentes

    Uma nova antologia, belíssimamente ilustrada, em jeito de homenagem, com pinturas e desenhos de Cruzeiro Seixas, oferece-nos uma panorâmica abrangente e talvez excessivamente inclusiva das representações do homoerotismo na poesia portuguesa desde os cancioneiros medievais galaico-portugueses até aos dias de hoje.

    Homoerotismo. A clandestinidade dos autênticos adolescentes