E afirma que "os últimos dias têm confirmado o que praticamente desde o início se tem vindo a tornar claro: que o PS prefere agir com a extrema-esquerda a negociar com os partidos europeístas, vencedores de duas eleições consecutivas, ao largo de mais de 4 anos".
O líder social-democrata aponta o dedo ao secretário-geral socialista por se limitar a fazer "ostensivos reparos e críticas" à proposta que a coligação endereçou ao PS, sem apresentar uma contra-proposta.
Sublinhando que "ninguém no país compreenderia o PS exigisse que a coligação governasse com o programa do PS" – o que na opinião de Passos Coelho "constituiria uma perversão total dos resultados eleitorais" – o líder da coligação Portugal à Frente considera "incompreensível" que o PS responda às propostas de PSD e CDS "enunciando exclusiva e exaustivamente medidas do seu próprio programa eleitoral, sem sequer as hierarquizar".
Na missiva Passos recorda que a coligação demonstrou " abertura negocial e boa-fé" admitindo substituir as 23 propostas com que avançou por outras tantas que o PS entendesse "mais pertinentes" e que prestou prontamente toda a informação económico-financeira solicitada pelos socialistas.
O líder social-democrata diz lamentar que perante tudo isto, o PS não só diga que a essa informação não lhe chegou como não a esteja a utilizar a para "aprofundar as negociações, mas apenas para fazer propaganda politica" e para fazer "sugestões e insinuações irresponsáveis".
No fim uma garantia e um desafio. A coligação mantém " inteira disponibilidade para negociar um compromisso para a governabilidade e para a estabilidade". Quanto ao PS, "se está verdadeiramente empenhado em chegar a um acordo de princípio que propicie estabilidade e governabilidade", então "deverá apresentar uma contra-proposta objetiva, que inclua base programática e medidas concretas".